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Indústria

- Publicada em 25 de Julho de 2016 às 19:51

Empresas gaúchas aumentam endividamento

Maioria dos industriais entrevistados apontou taxa de juros alta como principal entrave

Maioria dos industriais entrevistados apontou taxa de juros alta como principal entrave


TÂNIA RÊGO/ABR/JC
O cenário de crise econômica no Brasil, que torna o crédito mais caro e restrito e, consequentemente, cria grandes entraves para a obtenção de capital de giro, aumentou o endividamento e as dificuldades financeiras das empresas gaúchas. A conclusão está na Sondagem Industrial Especial Financiamento para Capital de Giro, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
O cenário de crise econômica no Brasil, que torna o crédito mais caro e restrito e, consequentemente, cria grandes entraves para a obtenção de capital de giro, aumentou o endividamento e as dificuldades financeiras das empresas gaúchas. A conclusão está na Sondagem Industrial Especial Financiamento para Capital de Giro, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
De acordo com a pesquisa, realizada com 289 empresas - 245 da indústria de transformação e 44 da construção -, a relação entre a evolução da dívida e o lucro operacional aumentou para 39,5% nas companhias destes dois segmentos no primeiro trimestre de 2016.
"Com a evolução do endividamento, cresceram as dificuldades financeiras das empresas, determinando a necessidade de financiar a continuidade de suas operações, sobretudo para pagar fornecedores, dívidas anteriores e despesas com funcionários", explica o presidente da Fiergs, Heitor José Müller. Em vista disso, 54,2% das empresas procuraram crédito para capital de giro, tendo como base o primeiro trimestre de 2016. Destas, 25,4% contrataram nova linha, e 47,1% renovaram a já existente.
Uma parte considerável, de 27,5% das empresas pesquisadas que procuraram por linhas de crédito, não conseguiu contratá-las ou renová-las, revela a pesquisa. Ao mesmo tempo, entre as empresas que acessaram, 35,2% não as obtiveram no montante solicitado. Diante do aperto no crédito, 59,9% apontam que pioraram as condições de renovação das linhas de crédito para capital de giro, percentual que chega a 65% no caso das grandes empresas.
Sete em cada 10 das empresas pesquisadas e que conseguiram renovar, contratar ou buscar crédito no primeiro trimestre do ano apontaram a taxa de juros elevada como o maior obstáculo para que isso se concretizasse. A exigência de garantias reais foi o segundo maior problema, obtendo 45% das assinalações; e os prazos muito curtos, o terceiro, com 31,7% das respostas.
Na avaliação de 20,3% dos industriais gaúchos ouvidos na pesquisa da Fiergs, a ampliação do prazo de pagamentos de tributos é a melhor alternativa para lidar com o atual problema de crédito. A destinação de parte de compulsórios dos bancos para financiar o capital de giro foi a segunda solução, apontada por 17,1% dos empresários.
 

Dificuldades das Indústrias do Estado

  • Relação entre dívida e lucro operacional aumentou
  • Condições de crédito pioraram
  • A renegociação dos prazos com fornecedores foi a principal consequência pelo não recebimento integral do crédito
  • Os juros elevados foram a principal dificuldade
  • Maiores prazos de pagamentos de tributos é a melhor alternativa para lidar com o atual problema de crédito
Fonte: Fiergs