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Mercado de Capitais

- Publicada em 19 de Julho de 2016 às 19:14

Bovespa tem 10ª alta seguida com percepção positiva sobre o Brasil

A Bovespa emplacou ontem sua décima alta consecutiva, na maior sequência de ganhos verificada desde agosto de 2010. A melhora de percepção com o cenário doméstico e o noticiário corporativo mais favorável foram fundamentais para a manutenção do apetite do investidor, elevando os ganhos da bolsa para 10,04% em julho e 30,79% em 2016. No fechamento, o Ibovespa marcou 56.698 pontos, em alta de 0,38%.
A Bovespa emplacou ontem sua décima alta consecutiva, na maior sequência de ganhos verificada desde agosto de 2010. A melhora de percepção com o cenário doméstico e o noticiário corporativo mais favorável foram fundamentais para a manutenção do apetite do investidor, elevando os ganhos da bolsa para 10,04% em julho e 30,79% em 2016. No fechamento, o Ibovespa marcou 56.698 pontos, em alta de 0,38%.
A manutenção do fluxo positivo de recursos externos continuou a sustentar as altas na bolsa brasileira, assim como em mercados acionários de outros países emergentes. A melhora do sentimento em relação ao País vem dando fôlego extra nos últimos dias. Além de avanços do governo em questões políticas, os investidores passaram a observar um aumento da movimentação das empresas no que diz respeito à busca por capitalização e investimento. Com isso vieram também diversos relatórios de bancos elevando a recomendação de ações brasileiras.
As ações da Petrobras estiveram em evidência durante praticamente todo o dia, principalmente porque minimizaram as quedas fortes dos preços do petróleo no mercado internacional. Petrobras PN, mais negociada, teve alta de 1,99%. Petrobras ON, preferida pelos estrangeiros, avançou 1,24%. As ações ordinárias do Banco do Brasil subiram 4,86%, em um dia de queda generalizada no setor financeiro.
O volume de negócios totalizou R$ 7,099 bilhões, ligeiramente acima da média de julho, de R$ 6,803 bilhões. Os investidores estrangeiros trouxeram R$ 359,332 milhões à bolsa na sexta-feira, levando o acumulado de julho a ficar positivo em R$ 3,442 bilhões. Em apenas 15 dias, julho já é o segundo maior mês em termos de ingresso de recursos externos na Bovespa em 2016, atrás apenas de março, quando R$ 8,391 bilhões ingressaram no mercado.
O dólar reduziu a alta ante o real durante a tarde de ontem. No balcão, o dólar à vista fechou aos R$ 3,2572, em alta de 0,22%.
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Retorno com dividendo de empresas tem menor patamar desde 1995, diz Economatica

O retorno anual aos acionistas de empresas listadas na Bolsa de Valores no Brasil atingiu em 2016 o seu patamar mais baixo em 21 anos, de acordo com levantamento realizado pela consultoria Economatica. A pesquisa mostrou que a mediana do retorno com dividendos (dividend yield) acumulado em 12 meses até 15 de julho dos acionistas de todas as empresas brasileiras listadas na BM&FBovespa atingiu 1,11%. Esse montante está abaixo do registrado no acumulado do ano passado, quando ficou em 1,87%, e é o menor desde o início da série, em 1995. O melhor desempenho ocorreu em 1998, quando o indicador alcançou 4,33%.
Segundo a Economatica, o indicador considera os dividendos e os juros sobre o capital próprio distribuídos por ação e divididos pelo preço da ação no início do período. Para o cálculo da mediana do retorno com dividendos foram utilizadas todas as ações presentes na bolsa em cada um dos anos analisados.
A consultoria fez a mesma pesquisa no mercado financeiro dos Estados Unidos. Lá, o indicador atingiu 1,29% em 2016, desempenho melhor que o do mercado brasileiro. No entanto, desde o início da série, apenas em 2016 e em 1995 o mercado norte-americano teve resultados melhores. Em todos os outros anos, os acionistas de empresas brasileiras tiveram melhor retorno, segundo a pesquisa.
Já na comparação restrita entre as ações que compõe o Índice Bovespa (Ibovespa) e o S&P500, a pesquisa mostra que os papéis brasileiros deram retorno superior ao das empresas norte-americanas em todos os anos desde 2000. Considerando ações das carteiras dos índices que distribuíram dividendo ou juros sobre o capital próprio em todos os anos de 2011 até 2015 e nos últimos 12 meses até 15 de julho de 2016, a Economática listou as 20 ações com melhor mediana de retorno de dividendos.
Na amostra aparecem oito ações brasileiras e doze norte-americanas. No topo da tabela está a ação preferencial da Cemig, com a melhor mediana do período, em 10,15%. Em seguida estão Frontier Communications (8,19%), Telefônica Brasil (8,10%), Banco do Brasil (6,83%) e Centurylink (6,55%).