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Indústria

- Publicada em 19 de Julho de 2016 às 18:26

Confiança do empresário segue em recuperação

Desaquecimento do mercado de trabalho impede uma maior reação

Desaquecimento do mercado de trabalho impede uma maior reação


SAM PANTHAKY/jc
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei-RS) divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), manteve a trajetória de recuperação e alcançou 50,2 pontos em julho. Foi a terceira alta consecutiva, e ao superar levemente a linha dos 50 pontos, encerra um ciclo de 27 meses de falta de confiança no empresariado gaúcho. Em junho, ele havia chegado a 46,3 pontos. "Aos poucos, a expectativa é de que possa haver uma reversão no atual cenário recessivo no País. Para isso, no entanto, será imprescindível ao novo governo encaminhar uma solução para a crise fiscal, sem aumento de impostos, e das reformas estruturais necessárias para a volta do crescimento econômico", diz o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei-RS) divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), manteve a trajetória de recuperação e alcançou 50,2 pontos em julho. Foi a terceira alta consecutiva, e ao superar levemente a linha dos 50 pontos, encerra um ciclo de 27 meses de falta de confiança no empresariado gaúcho. Em junho, ele havia chegado a 46,3 pontos. "Aos poucos, a expectativa é de que possa haver uma reversão no atual cenário recessivo no País. Para isso, no entanto, será imprescindível ao novo governo encaminhar uma solução para a crise fiscal, sem aumento de impostos, e das reformas estruturais necessárias para a volta do crescimento econômico", diz o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
Segundo Müller, a retomada da confiança do industrial é essencial para a volta dos investimentos e da atividade no setor. "A reação da atividade na indústria ainda não ocorre por completo, pois ela segue submetida a condições como a queda da demanda interna, ao crédito mais escasso e ao desaquecimento do mercado de trabalho", citou.
Em julho, o índice de condições atuais atingiu 42 pontos, 3,5 acima do mês anterior e o maior valor desde maio de 2014. Apesar da recuperação, ainda reflete a situação deteriorada. O maior crescimento no mês em relação a junho ocorreu no índice relativo à economia brasileira, que pulou 6,1 pontos e atingiu 38,8. Em três meses, aumentou 17,5 pontos. Da mesma forma, as condições das empresas ficaram menos desfavoráveis: o índice subiu de 41,5 para 43,6 pontos.
Quando questionados sobre as condições que vislumbram para o futuro, os empresários consultados no Icei-RS em julho revelam mais otimismo. O Índice de Expectativas para os próximos seis meses passou para 54,5 pontos - contra 50,2 de junho -, o maior valor desde abril de 2014. Isso indica perspectivas positivas pela primeira vez desde maio do mesmo ano. A expectativa com a economia brasileira evolui, ainda que o pessimismo persista. O índice, em 48,6 pontos, subiu 17,8 em três meses (em junho, foi de 43,8). O otimismo é maior com relação às próprias empresas, cujo índice passou para 57,8 pontos, recorde em 28 meses.

Associação de Comércio Exterior projeta superávit comercial recorde de US$ 46,9 bilhões

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) projeta um superávit de
US$ 46,93 bilhões na balança comercial deste ano, valor 138,4% superior ao registrado em 2015. Recorde histórico, o saldo no azul seria resultado de exportações US$ 187,50 bilhões e importações de US$ 140,57 bilhões. Porém, tanto as vendas como as compras no exterior fechariam 2016 em queda. "Embora recorde, seria um superávit negativo, uma vez que as importações vão cair mais do que as exportações", disse o presidente da AEB, José Augusto de Castro. Ele destacou que este será o quinto ano de queda das exportações brasileiras. Desde 2011, os embarques ao exterior caíram 26,8%. Para 2016, a estimativa é de uma redução de 1,9% ante 2015, enquanto o total importado diminuirá 18%.
De acordo com o levantamento da AEB, os três principais produtos da pauta de exportação, soja em grão, minério de ferro e petróleo podem representar 23,1% das exportações em 2016, menos que os 24,5% em 2015. Pelo segundo ano consecutivo, a soja será o principal item de exportação do Brasil.
A AEB avalia, ainda, que apesar da taxa cambial mais favorável vigente no segundo semestre de 2015 e no primeiro semestre de 2016, a participação dos produtos manufaturados na pauta de exportação permanecerá praticamente inalterada em torno de 38%. Isso, enfatizou Castro, comprova que o câmbio ajuda, mas não resolve o problema do elevado "Custo-Brasil", que prejudica a competitividade na exportação. Outra constatação é que a recente valorização cambial do real e a saída do Reino Unido da União Europeia poderão impactar negativamente as exportações de manufaturados ainda em 2016. Pelo menos 60% das vendas externas estão concentradas na América Latina e nos Estados Unidos. "Para 2017, de forma ainda preliminar, prevê-se crescimento do PIB próximo a 2% e taxa de câmbio ao redor de R$ 3,20, com exportações estimadas de US$ 190 bilhões, importações de US$ 155 bilhões e o superávit de
US$ 35 bilhões", disse Castro. A última estimativa da AEB para o desempenho da balança comercial foi feita em dezembro de 2015.