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- Publicada em 18 de Julho de 2016 às 18:05

Financiamentos de veículos caem 16,7% no primeiro semestre do ano

Redução na contratação das operações acompanha o fraco ritmo na comercialização de automóveis

Redução na contratação das operações acompanha o fraco ritmo na comercialização de automóveis


JONATHAN HECKLER/JC
O número de veículos novos e usados que foram adquiridos por meio de financiamento caiu 16,7% no primeiro semestre deste ano ante igual intervalo de 2015, para 2.258.655 unidades, informou ontem a Cetip, que compila os dados das instituições financeiras que operam no País.
O número de veículos novos e usados que foram adquiridos por meio de financiamento caiu 16,7% no primeiro semestre deste ano ante igual intervalo de 2015, para 2.258.655 unidades, informou ontem a Cetip, que compila os dados das instituições financeiras que operam no País.
Somente em junho, o número total de veículos financiados foi de 389.765 unidades, queda de 12,3% ante igual mês de 2015, mas alta de 3,5% ante o mês de maio. As contrações nos financiamentos acompanham o fraco ritmo na venda de carros no Brasil, uma vez que, historicamente, algo entre 50% e 60% das compras de veículos são financiadas.
Mais uma vez, as unidades usadas tiveram melhor desempenho que as novas entre os automóveis leves. No primeiro semestre foram financiados 1.269.706 de autos leves usados, recuo de 7,5% em relação ao mesmo período de 2015. Já as vendas a crédito de carros novos somaram 521.727 unidades, queda de 30% na mesma base de comparação.
Para o gerente de Relações Institucionais da Cetip, Marcus Lavorato, apesar da queda de 30% dos financiamentos de carros novos no semestre, os dados do mês de junho por dia útil mostram um discreto avanço de 1%. "Esse resultado pode dar sinais de que o mercado interrompeu a trajetória de queda", escreveu, em nota enviada à imprensa.
Já entre as modalidades de financiamento, o crédito direto ao consumidor (CDC) teve queda de 1,4 ponto percentual nos seis primeiros meses de 2016 e a participação passou para 79,5%. O consórcio baixou 9,8% ante o primeiro semestre de 2015 e representou 17,5% do total financiado. As transações com leasing ficaram estáveis na comparação anual e somaram 1,4% do total. Outras modalidades representaram 1,6%.

Procura por consórcios em geral diminui no Brasil

A procura por consórcios em geral no Brasil caiu 12,1% nos cinco primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período de 2015, com a entrada de 846,3 mil consorciados, ante 962,5 mil de janeiro a maio do ano passado. Os créditos comercializados caíram 16,1% com R$ 29,11 bilhões, e o total de participantes ativos manteve-se estável em 7,1 milhões.
Os dados são da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) que analisa consórcios nos setores de veículos automotores, imóveis, eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis e serviços. Para o presidente da entidade, Paulo Roberto Rossi, "o equilíbrio no total de consorciados deve-se principalmente à qualidade das vendas realizadas nos últimos anos". Rossi salientou que mesmo com a crise econômica os consumidores têm honrado seus compromissos, efeito de compras conscientes, feitas com planejamento.
No segmento de veículos leves (automóveis, caminhonetes e utilitários), o número de participantes ativos subiu 5,9% (de 3,07 milhões para 3,25 milhões). As novas adesões foram 7,2% menores que no ano anterior com um total de 361, 8 mil novas cotas vendidas.
Em serviços, houve elevação de 40,5% nas vendas com um total de 5,2 mil negócios, alcançando um total de créditos comercializados de R$ 32,38 milhões, 50,5% acima do obtido no mesmo período de 2015. De acordo com a Abac entre os serviços estão cirurgias, festas e eventos, além de tratamentos dentários e oftalmológicos, turismo e assistências educacionais.