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Petróleo

- Publicada em 14 de Julho de 2016 às 19:32

Petrobras vai interromper a produção de 16 plataformas

Áreas produziram mais de 55 mil m3 de petróleo por dia em maio

Áreas produziram mais de 55 mil m3 de petróleo por dia em maio


AGÊNCIA PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
A Petrobras vai paralisar a produção em 16 plataformas por até um ano, enquanto negocia a venda das áreas para a iniciativa privada. A paralisação foi autorizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) na última semana. A estatal também solicitou a interrupção da produção em outras nove unidades produtoras, mas ainda precisará apresentar estudos para justificar a medida.
A Petrobras vai paralisar a produção em 16 plataformas por até um ano, enquanto negocia a venda das áreas para a iniciativa privada. A paralisação foi autorizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) na última semana. A estatal também solicitou a interrupção da produção em outras nove unidades produtoras, mas ainda precisará apresentar estudos para justificar a medida.
As unidades estão situadas nos estados da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e Espírito Santo. Ao todo, as unidades com paralisação solicitada abrangem 24 campos maduros, sendo 11 em terra. Em maio, último dado disponível na ANP, as áreas produziram mais de 55 mil m3 de petróleo por dia. Oito delas não registraram produção.
A maior parte das áreas já integra o plano de desinvestimentos da companhia para campos maduros e terrestres, apresentado em março. Ao todo, foram ofertadas 104 concessões nos estados, que representam 2% de toda a produção da estatal.
Entre as áreas, estão alguns dos primeiros campos produtores da estatal, como Quererá, na Bacia de Tucano Sul, na Bahia. A área iniciou a produção em 1964. A maior parte das áreas teve iniciada a produção nas décadas de 1970 e 1980, como Camorim (SE) e Xaréu (CE). Há também produções iniciadas há cerca de 10 anos, como Piranema (SE), a área de maior produção.
A autorização para a parada das unidades foi tomada na última segunda-feira em reunião de diretoria da ANP. De acordo com a decisão, após o prazo autorizado para a interrupção, a empresa deverá retomar a produção. O prazo para apresentação do plano de retomada é maio de 2017.
"Caso não tenha sucesso um possível processo de Cessão de Direitos, no dia útil seguinte ao final da paralisação deverá ser retomada a produção de cada campo, (...) discriminando a curva de produção e as atividades e investimentos que serão implementados nos campos", diz a ata do encontro.
A ANP também determinou que, se a empresa não conseguir vender as áreas e constatar a "inviabilidade econômica" da produção, deverá antecipar o término dos contratos. Conforme resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deste ano, as áreas devolvidas ou com os contratos encerrados poderão ser alvo de novos leilões para pequenas empresas.
A Petrobras também obteve autorização para interromper definitivamente uma plataforma, localizada no campo de Ubarana, no Rio Grande do Norte. A estatal tem até o final de agosto para apresentar um programa de desativação da área.
No mesmo prazo, a petroleira deverá apresentar à agência reguladora as razões que a levaram a requisitar a paralisação temporária de outras nove unidades nos campos de Camorim, Dourado, Robalo, Piranema e Guaricema, na Bacia Sergipe-Alagoas. A interrupção, entretanto, depende da avaliação dos estudos apresentados pela empresa. Procurada, a Petrobras ainda não se manifestou sobre a solicitação.

Presidente da estatal descarta reajuste da gasolina

 2presidente da Petrobras Pedro Parente foto Fernando Frazão Agência Brasil

2presidente da Petrobras Pedro Parente foto Fernando Frazão Agência Brasil


FERNANDO FRAZÃO/ABR/JC
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta quinta-feira que a empresa não prevê nenhuma alteração no preço da gasolina "neste momento". "Nem aumento nem redução", frisou, ao ser questionado sobre o tema em entrevista após cerimônia com atletas olímpicos patrocinados pela estatal.
Os preços da gasolina e do diesel vendidos pela empresa estão acima das cotações internacionais desde 2015, quando foram feitos os últimos aumentos. A diferença tem ajudado a empresa a sobreviver à crise financeira em um cenário de petróleo barato.
Parente voltou a defender maior autonomia da Petrobras com relação ao tema. "Como qualquer outra empresa, a Petrobras tem que ter o direito de definir os seus preços."
Ele confirmou que a companhia analisa três propostas para venda de participação na BR Distribuidora, mas não deu maiores detalhes sobre o processo. A companhia está neste momento analisando se as propostas atendem aos interesses da estatal com relação à subsidiária.