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Transportes

- Publicada em 12 de Julho de 2016 às 21:57

Transposul aborda questão dos exames toxicológicos

Evento, que acontece até amanhã, espera movimentar R$ 120 milhões neste ano

Evento, que acontece até amanhã, espera movimentar R$ 120 milhões neste ano


JONATHAN HECKLER/JC
Conhecida pelos negócios gerados, a Transposul (Feira e Congresso de Transporte e Logística) iniciou a sua 18ª edição na tarde de ontem e será encerrada amanhã, esperando movimentar mais de R$ 120 milhões. No entanto, o evento, que está sendo realizado no Centro de Eventos da Fiergs, na capital gaúcha, também serve para tratar de tópicos importantes para o setor, como o exame toxicológico. Sobre a abertura do encontro, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), Afrânio Kieling, ficou satisfeito com o começo da feira. O empresário destacou o entusiasmo do público e as manifestações de transportadores que esperam a recuperação da economia brasileira. "Aqui dentro parece outro mundo", enfatiza Kieling. Além dos tradicionais caminhões, há estandes na Transposul que tratam de outros assuntos, como é o caso do exame toxicológico para motoristas profissionais.
Conhecida pelos negócios gerados, a Transposul (Feira e Congresso de Transporte e Logística) iniciou a sua 18ª edição na tarde de ontem e será encerrada amanhã, esperando movimentar mais de R$ 120 milhões. No entanto, o evento, que está sendo realizado no Centro de Eventos da Fiergs, na capital gaúcha, também serve para tratar de tópicos importantes para o setor, como o exame toxicológico. Sobre a abertura do encontro, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), Afrânio Kieling, ficou satisfeito com o começo da feira. O empresário destacou o entusiasmo do público e as manifestações de transportadores que esperam a recuperação da economia brasileira. "Aqui dentro parece outro mundo", enfatiza Kieling. Além dos tradicionais caminhões, há estandes na Transposul que tratam de outros assuntos, como é o caso do exame toxicológico para motoristas profissionais.
No espaço do Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro (ITTS), são repassadas informações sobre os testes, e é possível experimentar um simulador da condução de um caminhão. O produtor Antonio Neto detalha que o objetivo da simulação é levar um caminhão, de maneira segura, até a sua base. O participante vai perdendo pontos quando acontecem incidentes, como a saída de veículos da pista. Os exames toxicológicos para motoristas do transporte rodoviário coletivo de passageiros e de cargas devem ser realizados antes da admissão e por ocasião do desligamento desses trabalhadores. O teste também é necessário na renovação ou alteração de categoria, obrigatoriamente em um laboratório credenciado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). O coordenador do SOS Estradas (Programa de Segurança nas Estradas) e autor do estudo "As drogas e os motoristas profissionais", Rodolfo Rizzotto, defende que os exames são fundamentais para a segurança pública e no trânsito.
Rizzotto salienta que o motorista profissional, quando faz uso de drogas, é para aguentar a jornada de trabalho, e não por diversão. "São trabalhadores, não pessoas que estão na farra usando drogas", reitera. O integrante do SOS Estradas acrescenta que, em consequência do consumo, o motorista começa a lidar com traficantes. Posteriormente, muito desses profissionais acabam auxiliando em delitos, como roubos de cargas, contrabando e o transporte de drogas. O exame é aplicado nos EUA há 30 anos.

SOS Estradas prevê que testes serão estendidos a motoristas não profissionais

Para o coordenador do SOS Estradas (Programa de Segurança nas Estradas), Rodolfo Rizzotto, a tendência é que a obrigatoriedade do exame toxicológico seja ampliada, futuramente, para todos os motoristas, inclusive os que não são profissionais. Rizzotto reforça que a primeira medida para combater o uso de drogas é o exame toxicológico de larga janela, que detecta a utilização regular de drogas nos últimos 90 dias. O coordenador do SOS Estradas frisa que a ingestão uma única vez não será apontada no teste, mas sim o uso contínuo.
Sobre outros exames semelhantes, Rizzoto faz algumas considerações. "Eu acho o drogômetro, que é o teste da saliva, ótimo e, sendo regulamentado, deve ser aplicado, porém é um segundo passo, vamos usar o primeiro antes", defende. Rizzotto acrescenta que o drogômetro verifica apenas o consumo recente de drogas. Quatro espécies de drogômetros estão expostos na Transposul, no estande do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Ufrgs.
A coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trânsito e Álcool do Centro, Tanara Sousa, confirma que os exames feitos por esses equipamentos observam o uso recente de drogas, geralmente um espaço de seis horas. Tanara comenta que esses dispositivos já são aproveitados em países da Europa e na Austrália, e podem ser empregados por companhias que queiram fiscalizar seus funcionários. Ampliando a discussão do tema, entre 16 a 19 de outubro, será realizada a 21ª Conferência do Conselho Internacional sobre Álcool, Drogas e Segurança no Trânsito, no Wish Serrano Resort&Convention, em Gramado.