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Consumo

- Publicada em 11 de Julho de 2016 às 00:09

Centro de compras marca nova fase na Restinga

Seis anos após o planejamento, empreendimento foi inaugurado na comunidade

Seis anos após o planejamento, empreendimento foi inaugurado na comunidade


MAIA RUBIM/PMPA/JC
Após passar 15 anos carregando as mercadorias para o local de trabalho, a comerciante Valquíria Batista Prestes (41) comemora: "Agora é só erguer a cortina de ferro da loja e iniciar os trabalhos". Instalada na banca 12 do recém-inaugurado Centro Popular de Compras (CPC) da Restinga, a vendedora de brinquedos e equipamentos eletrônicos recorda que até a pouco tempo a labuta envolvia ainda algumas intempéries - literalmente. "No inverno, passar frio e correr da chuva era normal." Valquíria é uma entre dezenas de ex-camelôs do bairro, localizado no Extremo-Sul da Capital, que agora possui alvará.
Após passar 15 anos carregando as mercadorias para o local de trabalho, a comerciante Valquíria Batista Prestes (41) comemora: "Agora é só erguer a cortina de ferro da loja e iniciar os trabalhos". Instalada na banca 12 do recém-inaugurado Centro Popular de Compras (CPC) da Restinga, a vendedora de brinquedos e equipamentos eletrônicos recorda que até a pouco tempo a labuta envolvia ainda algumas intempéries - literalmente. "No inverno, passar frio e correr da chuva era normal." Valquíria é uma entre dezenas de ex-camelôs do bairro, localizado no Extremo-Sul da Capital, que agora possui alvará.
Entre o período de planejamento e construção do CPC passaram-se seis anos. Conforme informação da empresa Multiplan - executora da obra como medida compensatória ao município - foram investidos cerca de R$ 2,5 milhões no empreendimento.
A demora para a entrega chegou a gerar descrédito entre os moradores e comerciantes locais, que temiam que a proposta não saísse do papel. Mas no último dia 17 de junho, o camelódromo abriu as portas e atraiu centenas de pessoas.
"Muita gente veio visitar as bancas que antes ficavam espalhadas por duas ruas do bairro", comenta o secretário da Associação do Camelódromo da Restinga, Rafael Terra. Este é o primeiro centro comercial do bairro, que conta com 60 mil pessoas, um dos mais populosos da Capital, segundo dados do IBGE.
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Antes de se mudar para o Centro Popular de Compras, Elizete Terezinha Costa Rodrigues (foto) precisava pagar R$ 1,2 mil de aluguel para usar a cozinha de uma lanchonete. Ali ela produzia salgados e bolos vendidos pelas ruas do bairro.
"Agora, ficou bem mais fácil", afirma, que ampliou a oferta de produtos, e hoje oferece até almoço na banca 34 do empreendimento. Uma vez que o poder público fez concessão de cinco anos (renováveis por mais cinco e assim por diante) de uso do espaço, ela e os demais comerciantes não precisam pagar aluguel. "Nossa obrigação é dividir entre todos os permissionários as despesas de água, luz, limpeza e segurança", resume.
Outra vantagem com a saída da rua, no caso do ramo de Elizete, foi obter de imediato mais credibilidade para o negócio. "Muita gente deixava de comprar meus quitutes porque não sabia a procedência. Agora, o pessoal pode ter a garantia de que sou eu mesma quem faço", conta a comerciante.
No pequeno espaço, a comerciante produz os alimentos em um forno e um micro-ondas, pois não há fogão. "Está bem melhor agora, pois não precisamos mais ir ao Centro para encontrar um pouco de tudo no mesmo lugar", opina a atendente Rejane Pacheco, que se deslocou até o CPC da Restinga para verificar se os preços dos produtos continuavam os mesmos aplicados quando as bancas ainda trabalhavam na informalidade. No total, 48 comerciantes populares estão instalados no empreendimento.
O prédio conta com um total de 52 espaços para atividades diversas, uma para hortifrutigranjeiros, seis para a praça de alimentação, uma para o setor de administração, onde funciona a associação dos comerciantes populares, além de banheiros masculino, feminino e para cadeirantes. Cada banca tem cinco metros quadrados. Ainda há quatro vagas, que devem ser preenchidas mediante chamamento público, segundo a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio.
Poder comprar com mais segurança é uma das vantagens que o empreendimento oferece aos consumidores, na opinião da auxiliar de cozinha Fernanda Freitas. "Até para experimentar uma roupa, ficou bem melhor", completa. Segundo os comerciantes, com a mudança aumenta a expectativa de vendas.

Shopping popular abre de domingo a domingo

Seis anos após o planejamento, empreendimento foi inaugurado na comunidade

Seis anos após o planejamento, empreendimento foi inaugurado na comunidade


MAIA RUBIM/PMPA/JC
A inauguração oficial do Centro Popular de Compras da Restinga contou com a presença do prefeito José Fortunati, e do do secretário da Produção, Indústria e Comércio, Antonio Kleber de Paula. No evento realizado no dia 22 de junho, o prefeito entregou o alvará de autorização aos lojistas. Desde então, o shopping popular funciona todos os dias, de segunda-feira a sábado, das 8h às 20h, e aos domingos e feriados, das 8h às 13h. O local conta com nove vagas de estacionamento para lojistas e 10 vagas no bicicletário. O prédio, com 750 m2, foi construído pela prefeitura de Porto Alegre, na avenida Nilo Wulf esquina com a estrada João Antônio da Silveira.
Foram mais de nove anos atuando na rua João Antônio da Silveira, até que finalmente Carla Aurich conquistou o alvará da sua banca de vestuários e brinquedos. Ela conta que criou os três filhos como ambulante e passou "muito trabalho" carregando as mercadorias, além das incertezas de trabalhar em função do clima. O sorteio das bancas foi realizado em janeiro com base no cadastramento dos ambulantes da Restinga realizado pela Smic, que atuou no sentido de orientar e organizar o comércio e os serviços para possibilitar o aproveitamento das instalações e a realização dos objetivos do CPC.
Segundo o titular da secretaria, a diferença do prédio na Restinga para o do Centro Histórico - onde funciona o Pop Center - "é enorme". Segundo de Paula, os processos são bem distintos em tudo. No camelódromo da Restinga, conforme o secretário, já se tinha identificado quais comerciantes iriam ocupar os espaços, enquanto o Pop Center contou com um chamamento público. Até hoje há bancas vazias no shopping do Centro, que tem 800 ao todo. "Isso ocorre porque sempre existem aquelas que vagam por inadimplência ou algum outro motivo peculiar", diz de Paula.
O secretário ainda salienta que, ao contrário do CPC da Restinga, o Pop Center é resultado de uma parceria com empresa privada (Verdi Construções e Participações) e não contou com investimento público. "Ali quem administra o shopping é a empresa, que repassa os espaços para os comerciantes - sendo que estes, no caso, pagam um aluguel."