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mercado imobiliário

- Publicada em 05 de Julho de 2016 às 19:06

Preço da habitação se mantém estável em junho

Valor médio do metro quadrado no Brasil ficou em R$ 7.635,00

Valor médio do metro quadrado no Brasil ficou em R$ 7.635,00


MARCO QUINTANA/JC
A crise prolongada da economia brasileira continua provocando depreciação do mercado imobiliário brasileiro. O preço médio anunciado dos imóveis residenciais em 20 cidades brasileiras ficou estável na comparação de junho com maio.
A crise prolongada da economia brasileira continua provocando depreciação do mercado imobiliário brasileiro. O preço médio anunciado dos imóveis residenciais em 20 cidades brasileiras ficou estável na comparação de junho com maio.
Os dados fazem parte de pesquisa divulgada nesta terça-feira, dia 5, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base nos anúncios do site Zap Imóveis. O resultado indica uma queda real nos preços, uma vez que a inflação do período é estimada em 0,38%, conforme projeções do boletim Focus, do Banco Central.
No acumulado do primeiro semestre, os preços médios anunciados dos imóveis nas 20 cidades tiveram alta de 0,03%. Já no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, houve queda de 0,02% - este é o menor patamar já registrado pela pesquisa desde o início de sua série histórica. Tendo em vista que a inflação esperada para o período de 12 meses é de 8,88%, segundo o boletim Focus, do Banco Central, é possível afirmar que o preço médio anunciado dos imóveis apresentou queda real de 8,17%.
Entre as cidades e regiões acompanhadas pela pesquisa, oito tiveram queda nominal dos preços em junho em relação ao mês anterior: São Paulo (-0,04%), Rio de Janeiro (-0,30%), Distrito Federal (-0,10%), Recife (-0,22%), Porto Alegre (-0,02%), Florianópolis (-0,09%), Niterói (-0,07%) e Goiânia (-0,78%).
Apenas cinco cidades registram evolução mensal dos preços em um patamar acima da inflação esperada para junho: Belo Horizonte (0,40%), Salvador (0,47%), Fortaleza (0,80%), Vitória (0,53%) e Contagem (1,48%).
Em junho, o valor médio do metro quadrado anunciado das 20 cidades foi de R$ 7.635,00. O Rio de Janeiro se manteve como a cidade mais cara do País (R$ 10.251,00/m2), seguida por São Paulo (R$ 8.630,00/m2), Distrito Federal (R$ 8.578,00/m2) e Niterói (R$ 7.442,00/m2).

Caixa e BB terão mais dinheiro para imóveis entre R$ 225 mil e R$ 500 mil

O Ministério das Cidades atendeu ao pedido da Caixa para remanejar recursos da linha Pró-Cotista para financiar imóveis com valor entre R$ 225 mil e R$ 500 mil. Foi liberado uso de mais R$ 1,724 bilhão, a partir da redução da disponibilidade de dinheiro para imóveis com valores abaixo de R$ 225 mil e acima de R$ 500 mil. No início de maio, a Caixa informou que os recursos para a faixa intermediária nessa linha de crédito estavam esgotados, mas que havia demanda por mais empréstimos. Para imóveis de outros valores, por outro lado, sobravam recursos e faltava demanda.
A linha Pró-Cotista só pode ser acessada por trabalhadores com, pelo menos, três anos de vínculo com o FGTS. Além disso, eles precisam estar trabalhando ou ter saldo na conta do FGTS de pelo menos 10% do valor do imóvel. A taxa de juros é de 8,66% ao ano, bem abaixo dos contratos firmados com recursos da poupança, que hoje custam ao mutuário mais de 10% ao ano.
Em março, o FGTS havia liberado R$ 7 bilhões na Caixa da linha Pró-Cotista, de forma a compensar a falta de dinheiro de outras fontes, como a caderneta de poupança.
O Banco do Brasil (BB) também recebeu recursos da mesma linha, mas não houve falta de dinheiro para nenhuma faixa até o momento. Até maio, o banco contratou R$ 330 milhões. "Essa é a linha priorizada hoje pelo BB. A gente vê essa mudança com bons olhos, porque o ministério está priorizando a faixa que é onde está a maior demanda mesmo", afirma o vice-presidente de Negócios de Varejo do Banco do Brasil, Raul Moreira.
O banco já identificou quase 600 mil clientes que podem utilizar essa linha e avalia que é possível desembolsar todos os recursos neste ano. "A contratação está aumentando significativamente. A gente está vendo algumas sinalizações pequenas de maior demanda para esse tipo de imóvel. Vamos reforçar a campanha de abordagem aos clientes", afirmou Moreira.