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Economia

- Publicada em 01 de Julho de 2016 às 20:20

Petição on-line tenta reverter suspensão de coleta de dados da PED

A coleta de dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA) foi suspensa nesta sexta-feira (1). Os 20 entrevistadores que visitam 2,5 mil domicílios a cada mês para atualizar os dados foram dispensados, após cumprir 30 dias de aviso-prévio, que se encerraram nessa quinta-feira (30). Um analista da empresa Studio, que contrata os profissionais, resumiu a situação: "a PED está ajudando a elevar a própria estatística do desemprego".
A coleta de dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA) foi suspensa nesta sexta-feira (1). Os 20 entrevistadores que visitam 2,5 mil domicílios a cada mês para atualizar os dados foram dispensados, após cumprir 30 dias de aviso-prévio, que se encerraram nessa quinta-feira (30). Um analista da empresa Studio, que contrata os profissionais, resumiu a situação: "a PED está ajudando a elevar a própria estatística do desemprego".
A última apuração indicou taxa de 10,1% na RMPA em maio. Para tentar reverter a interrupção, a primeira em 24 anos de história da PED, uma mobilização on-line foi deflagrada. Uma petição pública foi aberta na ferramenta do avaaz.org para buscar apoios contra a interrupção da coleta. Por volta das 17h desta sexta, mais de 400 pessoas haviam assinado a petição.
A ex-reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e que presidiu a Fundação de Economia e Estatística (FEE) Wrana Panizzi assina a declaração que abre a consulta pública.
“Quando os períodos de crise e retenção de recursos para a produção de estudos e pesquisas se apresentam, é preciso coragem, ousadia, determinação e clareza política para preservar as atividades que nos tornam efetivamente grandes no presente, e garantem também um grande futuro. Manifesto o meu apoio à continuidade e fortalecimento da PED-RMPA”, afirmou Wrana.
A PED é coordenada por um pool de instituições, com Dieese, FEE, FGTAS, Seade e Ministério do Trabalho e Previdência Social. A FGTAS, que faz a conexão com o ministério aguarda a formalização de que os repasses serão feitos. 

FGTAS silencia, Ministério estuda situação

Um impasse sobre a garantia de verbas para custear a pesquisa, que recebe R$ 1 milhão ao ano do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), teria provocado a suspensão da coleta. A assessoria do ministério informou que "o processo está sendo analisado, ainda sem prazo de definição". 
Desde a quarta-feira (29), a explicação é a mesma. A direção da FGTAS, que pertence ao Estado, nem comenta o caso. Procurada pelo Jornal do Comércio nos últimos dias, a direção ainda não apresentou uma explicação.
Na terça-feira (28), o ministro Ronaldo Nogueira de Oliveira, que assumiu a pasta como indicação do PTB no Governo interino de Michel Temer (PMDB), reuniu-se com a direção da FGTAS em Brasília. A coordenadora nacional da PED pelo Dieese, Lúcia Garcia, comentou que Nogueira já se mostrou favorável à continuidade.
Ela lembra que o ministro presidiu a FGTAS entre 2008 e 2010 e muitas vezes divulgou os dados da pesquisa. o Rio Grande do Sul é o único a ter suspensão. São outras seis regiões. Belo Horizonte ficou dois anos sem fazer a PED, após o governo estadual do PSDB não renovar o convênio em meados de 2014.
O diretor técnico da FEE, Martinho Lazzari, diz que em 8 de junho a fundação comunicou a Studio que não continuaria o contrato. Segundo Martinho, a medida foi adotada porque a FGTAS não assegurou que os repasses continuariam.
Por precaução, a FEE preferiu dar o aviso-prévio, que se completa em 8 de julho, explica. A partir dessa data, deve ocorrer a rescisão. “Mas esperamos que até lá a situação possa ser resolvida entre FGTAS e ministério, e podemos cancelar o aviso para seguir o contrato. Temos uma semana para resolver.” Depois disso, o próprio Lazzari admite, a situação fica mais complicada.
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