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Política

- Publicada em 14 de Junho de 2016 às 18:21

STF abre inquérito sobre propina a Renan e Jucá

Renan Calheiros e Romero Jucá

Renan Calheiros e Romero Jucá


ANDRESSA ANHOLETE/AFP/JC
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou abertura de inquérito para investigar se integrantes da cúpula do PMDB no Senado supostamente receberam propina na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Serão investigados: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Jader Barbalho (PMDB-PA). O ministro Edson Fachin atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A linha de investigação tem como base a delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS). Aos investigadores, Delcídio afirmou que ex-ministros operaram um esquema de desvio de dinheiro das obras da usina de Belo Monte. Os recursos teriam abastecido campanhas do PT e do PMDB.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou abertura de inquérito para investigar se integrantes da cúpula do PMDB no Senado supostamente receberam propina na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Serão investigados: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Jader Barbalho (PMDB-PA). O ministro Edson Fachin atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A linha de investigação tem como base a delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS). Aos investigadores, Delcídio afirmou que ex-ministros operaram um esquema de desvio de dinheiro das obras da usina de Belo Monte. Os recursos teriam abastecido campanhas do PT e do PMDB.
O ex-senador disse que o "time" formado pelos senadores Renan Calheiros, Edison Lobão, Jader Barbalho, Romero Jucá e Valdir Raupp exerceu um arco de influência amplo no governo, como no Ministério de Minas e Energia, Eletrosul, Eletronorte, diretorias de abastecimento e internacional da Petrobras, além das usinas de Jirau e Belo Monte.
Segundo Delcídio, houve o pagamento, à época, de ao menos R$ 30 milhões a título de propina pela construção de Belo Monte ao PT e ao PMDB, sendo que o ex-ministro Antonio Palocci coordenou esses pagamentos no âmbito do PT, destinando-os à campanha eleitoral da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e ao partido, para redistribuição em benefício de diversas outras campanhas. Ele afirmou ainda que, pelo PMDB, Silas Rondeau destinou propina para o grupo do ex-senador José Sarney, do qual fazem parte Lobão, Renan, Jucá, Raupp e Jader.
A assessoria de Renan tem afirmado que o senador sempre esteve à disposição para quaisquer esclarecimentos e que todas as imputações contra ele são por ouvir dizer, ou ainda, interpretações subjetivas. As defesas de Jucá e de Lobão sustentam que as delações não apontam um único fato que incrimine seus clientes. Raupp disse que jamais fez indicações políticas para o setor elétrico e que as acusações de Delcídio são inverídicas. Jader Barbalho tem negado as acusações, desafiando qualquer pessoa a provar que ele tenha recebido propina em Belo Monte.
O advogado de Silas Rondeau disse que a delação de Delcídio é inconsistente. A defesa de Palocci tem repudiado "mentiras do delator" e negou participação em qualquer negociação da usina.
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