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Opinião

- Publicada em 09 de Junho de 2016 às 15:49

Que a crise não seja ainda maior do que a de 1930

Se era só o que faltava em termos de análises sombrias sobre o difícil momento da economia brasileira, agora está completo. E o comentário definitivo veio do geralmente otimista ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo ele, o Brasil enfrenta a crise mais intensa de sua história, e que não será uma surpresa se o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano for o maior desde que começou a contabilidade nacional no País.
Se era só o que faltava em termos de análises sombrias sobre o difícil momento da economia brasileira, agora está completo. E o comentário definitivo veio do geralmente otimista ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo ele, o Brasil enfrenta a crise mais intensa de sua história, e que não será uma surpresa se o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano for o maior desde que começou a contabilidade nacional no País.
A ressalva positiva do ministro diz que o governo em exercício está tomando medidas concretas, avaliando as razões da crise para solucioná-la. Acredita Meirelles que a recessão deverá ser a mais intensa desde que o PIB começou a ser medido no início do século XX, até maior do que nos anos de 1930, na chamada Grande Depressão, que abalou o mundo.
Com uma crise no Brasil que gerou 11 milhões de desempregados, só resta trabalhar, produzir, economizar, planejar e, mais do que tudo, não cometer erros, em busca da retomada. Lenta, gradual, mas de maneira irreversível.
O País tem que reverter esse processo, sob o comando do ministro Meireles e com apoio de governos, empresariado, servidores públicos, empregados, enfim de todos. É preciso ter um diagnóstico correto do que levou a economia do País a esta situação.
Se a solução da crise não passa pelo aumento de impostos, conforme preconiza a maioria das entidades empresariais, a solução, em um primeiro momento, estaria na outra ponta do modelo, ou seja, economizar o mais que for possível, exatamente como estão fazendo empresas de todos os portes e, igualmente, as famílias, diante da escassez de recursos e do desemprego.
Baixar os juros, que poderiam ter caído 0,25% nesta semana, é uma boa opção para economizar o dinheiro público. Que venham, e logo, as medidas fortes na economia visando a retomada do crescimento. Caberá ao Congresso aprovar as iniciativas em prol do interesse do País.
Espera-se que o crescimento volte nos próximos trimestres, talvez de forma até surpreendente, no que seria uma agradável notícia aos brasileiros. Os números informam que, de 1997 até 2015, as despesas públicas totais do Brasil cresceram mais de 5,8% ao ano acima da inflação.
Isso foi sustentado pelo aumento da tributação, o que não é mais plausível, dado o conjunto dos fatores que estão estancando o crescimento. O pior é que ocorreu uma trajetória de aumento dos gastos de maneira insustentável.
O estabelecimento de um teto para as despesas, com crescimento limitado à inflação do ano anterior, como proposto pelo governo, contribui para melhorar a confiança, não só de empresários, mas também dos consumidores. É o que, antecipadamente e com críticas, o governo do Rio Grande do Sul está aplicando desde 2015.
É fundamental retomar a confiança na economia, pois só assim a roda do crescimento começará a girar. Boa gestão nas contas e nos ministérios, secretarias e empresas públicas, aí entrando os fundos de pensão das estatais federais, é a base inicial sobre a qual será erguido um novo parâmetro de administração, que foi esquecido nos últimos anos.
Menos juro, mais crédito, incentivar exportações e chamar a iniciativa privada nas concessões da infraestrutura, é disso que o Brasil precisa. Enfim, que venha um elenco forte de medidas, com menos promessas e mais ações.
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