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Opinião

- Publicada em 08 de Junho de 2016 às 17:25

O pacto da 'Lava Jeito'

Estão por demais impregnados no espírito nacional os vergonhosos escândalos que assaltam a nossa supliciada população. Como se nada mais faltasse, no acervo das circunstâncias desanimadoras que assolam a já desesperançada coletividade, estes escândalos caíram como corisco sobre um povo desprotegido de para-raios. Estamos à mercê de líderes que, de tão indignos e impudicos, causam espanto aos mais renomados salteadores das diligências de outrora e aos dinamitadores das caixas fortes da atualidade. Antes, era o assalto a lanças e a combleias; agora é a presença do crime digital, eficaz, rápido, sem risco de vidas. No mesmo estilo, manobram os bens mal havidos; de igual maneira exercem o suborno, adonam-se de consciências e estatizam a imoralidade dos vendilhões que a tal crime se submetem. Inegavelmente, experimentamos efeitos de um relativismo moral e ético que ostentam, nos respectivos bojos, motivos e razões para ofuscar a verdade, com uma peneira de malha grossa, que deixa passar a luz, sem, no entanto, aclarar o que aparece do outro lado. Todas as investigações, cassações, detenções dos implicados nos crimes, que por certo não configuram as penalidades por roubo de galinha, para o seu julgamento, obedecem às mesmas regras e condições. Arrastam-se lenta e vagarosamente, não raro, para atingir o esquecimento. O certo é que vivemos debaixo de uma constante ameaça de morte, como prisioneiros de grades domésticas, e sob o fio da espada de Dâmocles, na expectativa de que alguém seccione a crina que a sustenta. O ministro-relâmpago, Romero Jucá (PMDB), citado como integrante do processo Lava Jato, deu até exemplo de coragem, ao licenciar-se da condição de ministro - o que lhe daria foro privilegiado. Seu procedimento configurou uma espécie de pacto com o objetivo de deter as ações da Lava Jato e sucedâneo do "jeitinho brasileiro" de solucionar questões e questiúnculas com habilidade, esperteza e instituir um ajuste, fazendo com que as pessoas engolissem as indigestas pizzas, para transformarem o "Lava Jato" em "Lava Jeito".
Estão por demais impregnados no espírito nacional os vergonhosos escândalos que assaltam a nossa supliciada população. Como se nada mais faltasse, no acervo das circunstâncias desanimadoras que assolam a já desesperançada coletividade, estes escândalos caíram como corisco sobre um povo desprotegido de para-raios. Estamos à mercê de líderes que, de tão indignos e impudicos, causam espanto aos mais renomados salteadores das diligências de outrora e aos dinamitadores das caixas fortes da atualidade. Antes, era o assalto a lanças e a combleias; agora é a presença do crime digital, eficaz, rápido, sem risco de vidas. No mesmo estilo, manobram os bens mal havidos; de igual maneira exercem o suborno, adonam-se de consciências e estatizam a imoralidade dos vendilhões que a tal crime se submetem. Inegavelmente, experimentamos efeitos de um relativismo moral e ético que ostentam, nos respectivos bojos, motivos e razões para ofuscar a verdade, com uma peneira de malha grossa, que deixa passar a luz, sem, no entanto, aclarar o que aparece do outro lado. Todas as investigações, cassações, detenções dos implicados nos crimes, que por certo não configuram as penalidades por roubo de galinha, para o seu julgamento, obedecem às mesmas regras e condições. Arrastam-se lenta e vagarosamente, não raro, para atingir o esquecimento. O certo é que vivemos debaixo de uma constante ameaça de morte, como prisioneiros de grades domésticas, e sob o fio da espada de Dâmocles, na expectativa de que alguém seccione a crina que a sustenta. O ministro-relâmpago, Romero Jucá (PMDB), citado como integrante do processo Lava Jato, deu até exemplo de coragem, ao licenciar-se da condição de ministro - o que lhe daria foro privilegiado. Seu procedimento configurou uma espécie de pacto com o objetivo de deter as ações da Lava Jato e sucedâneo do "jeitinho brasileiro" de solucionar questões e questiúnculas com habilidade, esperteza e instituir um ajuste, fazendo com que as pessoas engolissem as indigestas pizzas, para transformarem o "Lava Jato" em "Lava Jeito".
Jornalista e psicanalista
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