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Opinião

- Publicada em 07 de Junho de 2016 às 17:39

Políticos têm que recuperar logo a sua credibilidade

Não há dia sem que notícias, geralmente depreciativas, envolvam e sacudam o Planalto Central, mais precisamente Brasília. É lá que estão os Poderes da República, com mais saliência, nas últimas semanas, para o Congresso Nacional.
Não há dia sem que notícias, geralmente depreciativas, envolvam e sacudam o Planalto Central, mais precisamente Brasília. É lá que estão os Poderes da República, com mais saliência, nas últimas semanas, para o Congresso Nacional.
A versão do momento informa que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prisão do deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).
E isso quando a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados preparava-se para votar o relatório que encaminhava a cassação do mandato de Eduardo Cunha. Mas ficou para hoje a apreciação da Comissão de Ética sobre o caso.
Simultaneamente, a imprensa dos Estados Unidos tem criticado os sistemáticos problemas éticos no governo de Michel Temer (PMDB), o qual assumiu sob o manto de que haveria uma limpeza nos desmandos tão denunciados anteriormente, no que estaria falhando. E isso é verdade, lastimavelmente para a imagem do País no exterior.
Além disso, o Brasil tem sido cobrado pela existência do foro privilegiado para os seus congressistas, algo que não existe em outros países, caso justamente dos EUA. Realmente, o foro privilegiado é uma anomalia jurídica que prejudica a percepção dos brasileiros sobre toda uma classe.
Mesmo que isso seja uma injustiça, partindo-se do princípio de que a maioria da Câmara e do Senado é formada por pessoas corretas, o fato é que o foro privilegiado é algo que não deveria existir.
Os parlamentares têm que ser invioláveis por suas opiniões. Fora da tribuna, ao cometerem qualquer crime, deveriam ser tratados como cidadãos comuns, sujeitos às penas da lei, no devido processo legal.
Hoje, as pessoas estão indignadas com os desmandos que acontecem no Congresso e com as acusações que se repetem sobre políticos, a cada delação premiada, sobre conluios e propinas para uns e outros.
Entretanto, parece que, à semelhança de programas televisivos e filmes, temos uma grande família em que todos se ajudam mutuamente. O problema é que a ajuda pecuniária vem com o dinheiro público.
As relações de paternidade e de irmandade são boas, mas não de maneira escusa, o que não pode, como acontece no Congresso Nacional, onde alguns atuam misturando os bens públicos e os privados.
Os políticos, em Brasília, estão expostos constantemente aos ruídos que chegam dos jornais, rádios e tevês. Escutam tudo, mas não a eles mesmos, meditando sobre a voz de suas consciências, algo difícil no mundo agitado de agora.
É fundamental que, por tudo o que tem sido noticiado, as instituições funcionem e que os políticos não fiquem apenas negando as acusações, mas digam, alto e bom som, porque elas são infundadas. E que os culpados sejam punidos.
A opinião pública cansou e, pior, está desiludida com toda uma classe na qual deveria confiar pelo que dela se espera. Que nesta semana surja o império da lei e que aqueles que estão sendo acusados não tão somente sejam corretos, mas também pareçam que são corretos.
Pelo que se tem notícia, é difícil acreditar em tanta inocência em um mar de delações altamente incriminadoras.
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