Como há muita boataria sobre os destinos da Petrobras pelo governo interino de Michel Temer (PMDB), foi bom que o novo presidente da estatal, Pedro Parente, tenha declarado que não há qualquer debate sobre privatização da empresa orgulho do Brasil.
Pelo menos até a série escancarada de falcatruas que permearam a Petrobras nos últimos anos, o que trouxe uma apatia nacional. Porém não podemos perder de vista esta imensa capacidade da Petróleo Brasileiro em se recuperar, pois ela trata do chamado "ouro negro", o petróleo, motivo até de guerras pelo mundo afora, no século XX.
E é motivo de regozijo se saber que a exploração da camada do pré-sal responde por 40% da produção de petróleo operada pela Petrobras no Brasil. Isso é formidável e permite vislumbrar que, com uma firme gestão, a empresa consiga equilibrar seus orçamentos e, adiante, pagar ou compor, com os credores, o parcelamento de sua agora imensa dívida, inclusive no exterior, onde processos podem trazer grandes prejuízos.
A informação oficial diz que a produção de petróleo operada no pré-sal brasileiro alcançou, no último dia 8 de maio, um novo recorde ao superar o patamar de 1 milhão de barris por dia.
Desse total, mais de 70% do volume produzido correspondem à parcela da Petrobras. Com isso, os campos do pré--sal localizados nas bacias de Santos e de Campos respondem, hoje, por cerca de 40% da produção de petróleo operada pela estatal aqui no País.
Esse resultado foi alcançado em menos de 10 anos após a descoberta dessas jazidas, ocorrida em 2006. E em menos de dois anos depois de atingida a produção de 500 mil barris por dia, em julho de 2014. Isso comprova não só a viabilidade técnica e econômica do pré-sal, como também a sua alta produtividade.
Em termos comparativos, o primeiro milhão de barris diários de petróleo produzido pela Petrobras só foi alcançado em 1998, decorridos 45 anos da sua criação pelo então presidente Getulio Vargas.
O recorde de agora foi obtido com a contribuição de apenas 52 poços produtores. É importante ressaltar que o primeiro milhão de barris produzido por dia pela companhia, em 1998, foi obtido com a contribuição de mais de 8 mil poços produtores.
O período de superfaturamentos e desvios em cima dos contratos da Petrobras devem ser página virada e assunto para a Polícia Federal, Ministério Público Federal e os devidos processos legais.
Enquanto isso, que o trabalho continue com os milhares de trabalhadores da empresa, mesmo se sabendo que há que ser feita uma reengenharia no modelo de administração. No futuro, que tais desvios não voltem a acontecer.
Com uma diretoria voltada aos superiores interesses da Petrobras, com técnicos de gabarito reconhecidos internacionalmente, como foi anunciado, mais cedo do que se pensa, será possível ver que a exploração e a venda dos derivados de petróleo são um ótimo negócio, com o lucro revertendo para a Petrobras e para o País.
A turbulência pela qual a estatal passou não poderá acontecer novamente. Jamais. O Brasil aguarda, ansioso, que sua grande empresa volte ao trabalho profícuo em prol do Brasil, para alegria do seu verdadeiro dono, que é o povo brasileiro.