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Internacional

- Publicada em 28 de Junho de 2016 às 15:46

Líderes da UE se dividem sobre pressão para acelerar saída do Reino Unido

No primeiro encontro de líderes do continente desde o plebiscito que indicou a saída britânica da União Europeia (UE), ontem, em Bruxelas, França e Alemanha mostraram que há uma divisão no bloco sobre a agilidade com que o processo de retirada do Reino Unido deve ser tocado. Enquanto o presidente francês, François Hollande, adotou um tom mais duro, dizendo que a UE "não tem tempo a perder", a chanceler alemã, Angela Merkel, destacou que é preciso continuar vendo o Reino Unido "como amigo e parceiro" e repetiu que não haverá conversas formais ou informais sobre a saída até que os britânicos formalizem seu pedido.
No primeiro encontro de líderes do continente desde o plebiscito que indicou a saída britânica da União Europeia (UE), ontem, em Bruxelas, França e Alemanha mostraram que há uma divisão no bloco sobre a agilidade com que o processo de retirada do Reino Unido deve ser tocado. Enquanto o presidente francês, François Hollande, adotou um tom mais duro, dizendo que a UE "não tem tempo a perder", a chanceler alemã, Angela Merkel, destacou que é preciso continuar vendo o Reino Unido "como amigo e parceiro" e repetiu que não haverá conversas formais ou informais sobre a saída até que os britânicos formalizem seu pedido.
 
"O processo para que o Reino Unido deixe a União Europeia deve começar o quanto antes", afirmou Hollande ontem, ao chegar a Bruxelas para a cúpula do Conselho Europeu. "Não consigo conceber que qualquer governo britânico não vá respeitar a escolha de seu povo."
 
"A Europa está pronta para iniciar o processo de divórcio, mesmo hoje, sem nenhum entusiasmo, como você pode imaginar", disse o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, dirigindo-se ao premiê britânico, David Cameron, que também foi à cúpula. Tusk deve convocar, para setembro, um encontro especial dos líderes na Eslováquia para tratar apenas do tema.
 
A analogia do divórcio também foi usada pelo premiê de Luxemburgo, Xavier Bettel, que declarou que a União Europeia "não está no Facebook, onde as coisas são complicadas". "Ou estamos casados ou separados, não há um meio-termo."
 
Momentos antes, ao falar no Parlamento Europeu, também em Bruxelas, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, havia seguido a mesma linha de cobrança: "Não podemos ficar enrolados nessa incerteza duradoura".
 
Antes da reunião do conselho, Cameron sugeriu, mais uma vez, que o processo de retirada deve demorar. "Eu quero que o processo seja o mais construtivo possível, e espero que o resultado também o seja", ressaltou. "Mesmo que estejamos deixando a União Europeia, não devemos virar as costas para a Europa". O premiê tem dito que as negociações para a saída só devem começar em outubro, quando ele renunciará formalmente e o Reino Unido terá um novo governo.
 
Apesar de reforçar que as negociações "formais e informais" só deverão começar após o Reino Unido acionar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, que versa sobre a saída de países-membros, Angela Merkel também usou um discurso mais rígido em relação às possibilidades de parceria sugeridas pelos britânicos. Segundo a chanceler alemã, os britânicos não poderão "selecionar" o que querem da UE, permanecendo no mercado único europeu, mas restringindo o movimento de pessoas, por exemplo. 
 
"O acesso livre ao mercado único para qualquer país prevê a circulação livre de pessoas, bens, serviços e capitais", disse ela, dando o exemplo da Noruega, que não é um membro da UE, mas tem acesso ao mercado único "porque, em troca, aceita migração da União Europeia, entre outras coisas".
 
 
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