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Reino Unido

- Publicada em 27 de Junho de 2016 às 15:50

Conservadores devem escolher novo líder até 2 de setembro

Premiê garante que não haverá mudanças imediatas para cidadãos do bloco que vivem em território britânico

Premiê garante que não haverá mudanças imediatas para cidadãos do bloco que vivem em território britânico


LEON NEAL/AFP/JC
O Comitê do Partido Conservador da Inglaterra afirmou ontem que o novo líder da legenda deve ser nomeado até 2 de setembro. O órgão, estabelecido em 1922, deve eleger duas lideranças até o fim desta semana para depois abrir o processo para uma maior quantidade de eleitores.
O Comitê do Partido Conservador da Inglaterra afirmou ontem que o novo líder da legenda deve ser nomeado até 2 de setembro. O órgão, estabelecido em 1922, deve eleger duas lideranças até o fim desta semana para depois abrir o processo para uma maior quantidade de eleitores.
O ex-prefeito de Londres Boris Johnson, um dos principais apoiadores do voto pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE), e a secretária do Interior Theresa May, que apoiou o voto pela permanência, são considerados os principais nomes para substituírem o primeiro-ministro David Cameron, que anunciou sua renúncia ao cargo após a derrota no plebiscito realizado na semana passada.
Cameron, porém, não pretende iniciar as conversas para a saída da UE por enquanto. "O governo britânico não irá invocar o artigo 50 (que fornece base jurídica para a saída da UE) neste momento. Esta é nossa decisão soberana e será tomada pelo Reino Unido, e pelo Reino Unido somente", disse em discurso ao Parlamento.
Para ele, o resultado da votação, que deu a vitória para o Brexit, "não é o desfecho que penso ser melhor para o Reino Unido", mas o resultado precisa ser respeitado e implementado "da melhor forma possível". Cameron também afirmou que não haverá mudanças imediatas para cidadãos da UE que hoje vivem no Reino Unido.
O premiê sugeriu ainda que sejam feitas negociações para permanecer no mercado único europeu e anunciou a criação de uma nova unidade com servidores públicos que ajudará a preparar as negociações para a saída do Reino Unido do bloco econômico.
Também ontem, a chanceler alemã Angela Merkel afirmou, em entrevista coletiva, que não pretende pressionar o Reino Unido a acelerar ou desacelerar sua saída da UE, mas deixou claro que discussões informais sobre o Brexit não devem começar até que Londres peça a saída do bloco. "Eu não tenho nem um freio nem um acelerador. Em vez disso, tenho o trabalho de refletir, quando essa mensagem (sobre a saída do Reino Unido) chegar, sobre como implementá-la exatamente."
 

Kerry diz que EUA fará tudo o que estiver ao alcance para facilitar o Brexit

Os Estados Unidos vão fazer tudo o que estiver ao seu alcance para facilitar a transição na União Europeia após o Reino Unido optar por deixar o bloco, disse o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, enquanto ele pedia para que os líderes europeus reagissem com calma após a decisão.
Falando em Bruxelas juntamente com a chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, Kerry reconheceu que a decisão britânica trará desafios difíceis e "consequências". "É minha intenção fazer tudo o que estiver em nosso alcance para que este processo de transição ocorra o mais suave e sensível que ele pode ser", afirmou.
Em suas observações, Federica ressaltou que a parceria da UE com os EUA "permanece forte e crucial não só para o benefício do nosso povo, mas para a paz e segurança presente no mundo". Ela destacou ainda que Kerry vai se reunir com os ministros de Relações Exteriores da UE no dia 18 de julho, em Bruxelas.