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Internacional

- Publicada em 19 de Junho de 2016 às 16:47

Pesquisas mostram que britânicos estão divididos sobre saída da UE

Ontem, em várias cidades europeias, manifestantes apoiaram a permanência do Reino Unido

Ontem, em várias cidades europeias, manifestantes apoiaram a permanência do Reino Unido


JORG CARSTENSEN/AFP/JC
Pesquisas de opinião divulgadas neste fim de semana indicam que a disputa sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE) ficou novamente equilibrada após a morte da deputada trabalhista Jo Cox. Um levantamento feito pelo Instituto Opinium publicado ontem pelo jornal The Observer mostra ambos os lados com 44% das intenções de voto. O plebiscito está marcado para quinta-feira.
Pesquisas de opinião divulgadas neste fim de semana indicam que a disputa sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE) ficou novamente equilibrada após a morte da deputada trabalhista Jo Cox. Um levantamento feito pelo Instituto Opinium publicado ontem pelo jornal The Observer mostra ambos os lados com 44% das intenções de voto. O plebiscito está marcado para quinta-feira.
Outra pesquisa, realizada pelo BMG e divulgada pelo The Herald, coloca os que defendem o "Bremain", como foi apelidado o voto pela permanência, com 46% da preferência, contra 43% dos que defendem o "Brexit", pela saída. Um terceiro levantamento, feito pelo ComRes para os jornais The Sunday People e The Independent, indicava os defensores da saída do país do bloco com 44% das intenções de voto, contra 28% dos adversários. Uma quarta pesquisa feita pelo Instituto Survation para o Mail on Sunday mostrava que o defensores da permanência lideravam a disputa por com 45% a 42%.
O jornal The Sunday Times também divulgou um novo levantamento, realizado pelo YouGov, que mostrou a campanha pró-UE com 44% das intenções de voto, apenas um ponto percentual de vantagem sobre o adversário. O resultado aponta uma mudança em relação a outro levantamento feito pelo mesmo instituto no início da semana, que mostrava os defensores do Brexit com dois pontos percentuais de vantagem (44% a 42%).
Até o momento da morte de Jo Cox, assassinada na quinta-feira por um homem suspeito de ter relações com grupos de extrema-direita, as pesquisas mostravam uma leve vantagem para os que defendiam a saída da UE. O ataque, realizado em plena luz do dia, levou à suspensão das campanhas por três dias. Elas foram reiniciadas ontem.
Para o diretor de pesquisa política e social da Yougov, Anthony Wells, a morte de Jo Cox pode não ser a real causa da mudança do sentimento dos eleitores. "Os dados sugerem que o movimento pode ter mais relação com preocupações sobre o impacto econômico da saída da UE", afirmou. "Na pesquisa para o Sunday Times, 33% dos entrevistados afirmaram sentir que sua situação irá piorar caso o Brexit vença. O número representa uma alta em relação aos 23% da pesquisa feita há duas semanas, e também é o maior nível para essa questão desde que começamos a perguntá-la."
Também ontem, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, advertiu, em um artigo no Sunday Telegraph, sobre os perigos de abraçar a visão de Nigel Farage, defensor da retirada do país da UE, antes do plebiscito. O líder do Partido da Independência do Reino Unido quer levar a Grã-Bretanha "para trás" e dividir, no lugar de unir, disse Cameron.
Em muitos países do bloco, ocorreram atos em apoio à permanência dos britânicos na UE. Nas principais cidades europeias, os manifestantes - alguns com os rostos pintados com as cores das bandeiras de seus países - deram as mãos e beijaram uns aos outros, para encorajar os britânicos a votarem pelo Bremain.
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