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- Publicada em 29 de Junho de 2016 às 18:00

Lévy recomenda uso das redes sociais no aprendizado

Jessica Gustafson
Um professor que cria grupos do Facebook para os alunos discutirem as aulas e disponibiliza somente links para eles acessarem os materiais; estudantes que só fazem perguntas ao professor pelo Twitter utilizando hashtags e publicam discussões sobre a aula em seus blogs, compartilhando o link na internet; uma turma em que o resumo de cada conteúdo trabalhado não deve ser escrito em papel, mas em apenas 140 caracteres (número máximo de caracteres no Twitter) e disponibilizado na rede. É assim que funciona a aula ministrada na Universidade de Ottawa, no Canadá, pelo educador e filósofo francês Pierre Lévy, um dos maiores especialistas mundiais em internet e culturas tecnológicas digitais. Ele esteve ontem na Capital e palestrou no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa.
Um professor que cria grupos do Facebook para os alunos discutirem as aulas e disponibiliza somente links para eles acessarem os materiais; estudantes que só fazem perguntas ao professor pelo Twitter utilizando hashtags e publicam discussões sobre a aula em seus blogs, compartilhando o link na internet; uma turma em que o resumo de cada conteúdo trabalhado não deve ser escrito em papel, mas em apenas 140 caracteres (número máximo de caracteres no Twitter) e disponibilizado na rede. É assim que funciona a aula ministrada na Universidade de Ottawa, no Canadá, pelo educador e filósofo francês Pierre Lévy, um dos maiores especialistas mundiais em internet e culturas tecnológicas digitais. Ele esteve ontem na Capital e palestrou no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa.
Para Lévy, estamos vivenciando hoje a transição de um período da civilização para outro, em que novas formas econômicas, políticas e espirituais estão sendo desenvolvidas. Uma segunda revolução científica está em curso, desta vez relacionada às ciências humanas e sociais. "Temos agora novas tecnologias de manipulação de símbolos, informação por toda a parte e interconectada. A educação também será cada vez mais social e colaborativa. O aprendizado não se dará apenas enquanto somos jovens, mas ao longo da vida. Tudo muda rapidamente e precisamos aprender o tempo todo e auxiliar os outros nesse aprendizado", explica.
A educação precisará se adequar a este novo modelo de aprendizado, segundo o filósofo, pois o conhecimento ou, pelo menos, a informação está cada vez mais acessível e gratuita. "Antes, se aprendia só em sala de aula. Agora, temos conhecimento disponível e não mais uma autoridade que controle essas informações. Todos se tornam autores e críticos desse conteúdo e isso gera medo", afirma. Lévy dá alguns conselhos aos educadores de como vivenciarem este momento e tirar o melhor dele. O primeiro é não restringir o acesso à internet e o uso das redes sociais. O segundo é não criar uma plataforma fechada de educação, mas utilizar a que os estudantes já estão usando para auxiliar no aprendizado.
"Tento ensinar aos meus alunos sobre a inteligência pessoal, que é uma maneira de ter foco e gestão da atenção, pois existe muita distração na internet. Outro ponto importante é a habilidade de avaliar as fontes de informação, cruzando os dados entre elas. A organização desses dados e o pensamento crítico possibilitam um ambiente de aprendizado", relata.
A postagem em blogs e nas redes sociais dos assuntos que são trabalhados abre possibilidade para o que ele chama de inteligência coletiva, que é uma rede feita colaborativamente. "Propomos uma aprendizagem que explicita o conhecimento, que será facilmente compartilhado e disponibilizado nessa memória coletiva. As pessoas que a compartilham, e pode ser uma escola ou até uma cidade, se comunicam e enriquecem cada vez mais essa memória", completa.
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