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- Publicada em 29 de Junho de 2016 às 22:53

Se greve acabar hoje, ponto não será cortado

Dependendo do caixa, Fortunati promete adiantar parcela de reajuste

Dependendo do caixa, Fortunati promete adiantar parcela de reajuste


IVO GONÇALVES/PMPA/JC
Isabella Sander
Em greve desde 13 de junho, os municipários de Porto Alegre foram recebidos, ontem, pelo prefeito José Fortunati, para tratar sobre o corte do ponto dos grevistas. O gestor público voltou atrás na decisão de que só negociaria os dias parados caso a paralisação terminasse, e afirmou ontem que não haverá desconto caso, na assembleia de hoje à tarde, a categoria encerre a greve.
Em greve desde 13 de junho, os municipários de Porto Alegre foram recebidos, ontem, pelo prefeito José Fortunati, para tratar sobre o corte do ponto dos grevistas. O gestor público voltou atrás na decisão de que só negociaria os dias parados caso a paralisação terminasse, e afirmou ontem que não haverá desconto caso, na assembleia de hoje à tarde, a categoria encerre a greve.
Segundo a diretora de comunicação do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Carmen Padilha, a negociação chegou a um bom termo, com o prefeito mostrando-se disposto a pagar os dias parados através de folha suplementar ainda neste mês, já com a primeira parcela do reajuste, de 1,2%, retroativa a maio. "A proposta salarial permanece a mesma, mas Fortunati apresentou a possibilidade de o governo, havendo condições financeiras, antecipar a parcela prevista para janeiro de 2017 para dezembro deste ano", informa.
Cada secretaria avaliará como será realizada a reposição dos dias parados. No caso das aulas das escolas municipais, poderão ser compensadas aos sábados. Em outros locais, como postos de saúde, o tempo de greve será descontado aos poucos, quando houver necessidade de realização de horas extras por parte dos servidores. "Entendemos e concordamos com a necessidade de reposição. Nossa categoria nunca pediu abono, pois entendemos que temos um compromisso com a cidade de prestar o melhor serviço possível à população", afirma Carmen.
A sindicalista considera a negociação um avanço, pois a prefeitura reconhece, assim, o direito à greve. "A reunião foi boa, efetiva e foi com o prefeito, o que também era uma reivindicação. Foi a força da nossa mobilização que fez com que essa negociação existisse", defende.
Fortunati destaca que, apesar de a prefeitura não ter condições financeiras de oferecer aumento real neste ano, não tem interesse em retalhar a categoria por ter paralisado as atividades. "A greve faz parte do Estado Democrático de Direito e, por isso, temos que tentar todas as formas de reajustar nossos interesses. Estou muito confiante de que chegamos a um consenso. O interesse básico do prefeito e dos servidores é atender bem a população, então o final da greve é fundamental", aponta.
O adiantamento da parcela do reajuste de janeiro, de 1,6%, para dezembro, mês em que já haverá uma parcela de 4,2%, dependerá da melhoria da economia. Se a previsão feita pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, estiver correta, o crescimento será retomado no segundo semestre deste ano. "Consequentemente, teríamos um aumento da receita. Se isso acontecer e tivermos condições de antecipar, faremos isso", promete o prefeito.
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