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Geral

- Publicada em 22 de Junho de 2016 às 19:52

Taxistas de Porto Alegre protestam contra projeto de lei sobre o Uber

Carreata começou em torno do meio-dia e terminou somente às 17h

Carreata começou em torno do meio-dia e terminou somente às 17h


JONATHAN HECKLER/JC
Suzy Scarton
Insustentável. Essa é a palavra que taxistas de Porto Alegre têm usado para descrever a situação em que se encontram. Desde que o aplicativo de transporte individual Uber passou a funcionar na Capital, no dia 19 de novembro do ano passado, a indignação por parte dos motoristas cresce. Nesta quarta-feira, centenas de taxistas participaram de um protesto em forma de carreata, causando transtornos em vias da cidade. Por volta do meio-dia, saíram do estádio Beira-Rio, na avenida Padre Cacique, rumo à Câmara de Vereadores, na avenida Loureiro da Silva. O protesto terminou por volta das 17h.
Insustentável. Essa é a palavra que taxistas de Porto Alegre têm usado para descrever a situação em que se encontram. Desde que o aplicativo de transporte individual Uber passou a funcionar na Capital, no dia 19 de novembro do ano passado, a indignação por parte dos motoristas cresce. Nesta quarta-feira, centenas de taxistas participaram de um protesto em forma de carreata, causando transtornos em vias da cidade. Por volta do meio-dia, saíram do estádio Beira-Rio, na avenida Padre Cacique, rumo à Câmara de Vereadores, na avenida Loureiro da Silva. O protesto terminou por volta das 17h.
Em maio, o prefeito José Fortunati apresentou um projeto que regulamenta o serviço de transporte oferecido pelo Uber. O projeto, no entanto, ainda não foi debatido. Uma audiência pública está marcada para o dia 5 de julho, às 19h, no ginásio Gigantinho. Alguns vereadores, como Mauro Zacher (PDT) e Waldir Canal (PRB), se mostraram favoráveis ao projeto.
Enquanto aguardam a data da audiência, a categoria promete seguir protestando. Dois dos taxistas organizadores do protesto, Airton Severo e Alexandre Costa, afirmam que os benefícios oferecidos pelo aplicativo são temporários e ilusórios. "É mais barato agora, mas, quando eles estiverem mandando aqui, vão colocar o preço que querem. Não vai ter uma logística de cálculo", alerta Severo. Para ele, a mera regulamentação do serviço não é suficiente. "Queremos que o projeto de lei (PL) seja retirado. A cidade tem uma programação, uma estimativa de quantos táxis são necessários, e já temos a mais", argumenta. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), existem 3.920 táxis e cerca de 10 mil motoristas registrados em Porto Alegre. 
Para Costa, a situação tem aval da prefeitura. "É um absurdo, uma concorrência desleal. Estamos sendo marginalizados. Trabalhei a noite inteira e só fiz uma corrida, de R$ 10,00. Não estamos conseguindo pagar nossas contas", lamenta. Para o taxista, é preciso que a prefeitura faça com que os motoristas trabalhem dentro da legalidade, concedendo alvarás e concessões público. "Funciona na ilegalidade, sem taxas. Não tem como concorrer com eles."
Os motoristas do Uber não são isentos de impostos. No entanto, não repassam taxas ao poder público. No UberBlack, 20% do valor da corrida fica para o aplicativo, e no UberX, 25%. O restante pertence ao motorista.
A concorrência se torna mais acirrada quando se analisam as constantes reclamações direcionadas ao serviço de táxi. Relatos de passageiros nas redes sociais dão conta de motoristas que escolhem caminhos mais longos, que são grosseiros e que correm demais.
Para Severo, tal justificativa não é suficiente. "Todas as áreas trabalhistas têm seus podres. Trabalhamos com registro, folha corrida, autorização da prefeitura. Imagina no serviço de Uber, que é liberado. Qualquer um pode trabalhar lá. É só o povo se conscientizar", pondera o motorista.
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