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Geral

- Publicada em 20 de Junho de 2016 às 10:25

Bloqueios atingem prédio da secretaria da saúde e DMLU em Porto Alegre

Protesto impediu acesso de servidores à sede da Secretaria da Saúde, afetando regulação de leitos

Protesto impediu acesso de servidores à sede da Secretaria da Saúde, afetando regulação de leitos


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Dois bloqueios atingem unidades da prefeitura de Porto Alegre no começo da manha desta segunda-feira (20). Desde as 7h, municipários em greve e integrantes do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) impedem o acesso à Estação de Transbordo do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), na zona sul da Capital, e ao prédio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), na avenida João Pessoa, próximo ao Centro Histórico.
Dois bloqueios atingem unidades da prefeitura de Porto Alegre no começo da manha desta segunda-feira (20). Desde as 7h, municipários em greve e integrantes do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) impedem o acesso à Estação de Transbordo do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), na zona sul da Capital, e ao prédio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), na avenida João Pessoa, próximo ao Centro Histórico.
A direção do DMLU informou, pela rede social Twitter, que acionou a Procuradoria Geral do Município (PGM) e Brigada Militar (BM) para suspender o bloqueio. Segundo o órgão, o Simpa estaria descumprindo decisão judicial emitida em 16 deste mês, com multa de R$ 5 mil ao dia. Os grevistas fizeram uma fogueira em frente ao portão. No transbordo, localizado na Estrada Afonso Lourenço Mariante, caminhões depositam o lixo orgânico coletado pela cidade, que depois é levado ao aterro sanitário em Minas do Leão, 113 quilômetros de Posto Alegre. Com o bloqueio, a expectativa é de formar fila de caminhões.
Bloqueio no acesso à estação de transbordo do DMLU na Lomba do Pinheiro
As lideranças da categoria, que entra no sétimo dia da paralisação, dizem que a mobilização busca pressionar o prefeito José Fortunati para que ele receba o comando de greve. Além de bloqueios, os grevistas também fazem doação de sangue no Hemocentro estadual desde o começo da manhã. Na tarde desta segunda, o protesto se concentrará em frente ao Paço Municipal, no Centro. Assembleia geral foi marcada para às 14h desta terça-feira (21), no Parque da Harmonia, para avaliar o futuro da paralisação.

Regulação de leitos

Na sede da SMS, o começo do protesto impediu que os 400 funcionários pudessem entrar. O secretário da pasta, Fernando Ritter, foi ao local e pressionou para a liberação dos servidores que atuam na central de marcação de consultas e de regulação de leitos. Segundo Ritter, são as áreas com maior impacto ao atendimento da população. Após negociação, Ritter conseguiu acertar que os funcionários entrassem para manter a operação. A regulação de leitos, que faz a gestão da ocupação de mais de 5 mil leitos do SUS, tem plantão. "Todos (leitos) passam por aqui para colocar o paciente no local certo", explica o gestor.
Sobre a busca de audiência com o prefeito, Ritter disse que o comitê de política salarial tem todos os secretários, que acompanham a greve e a negociação. Segundo ele, a paralisação afeta alguns serviços de postos, que sofrem redução de horários para compensar o menor número de servidores. "Temos 5 mil servidores, e calculamos em 1% a adesão." A prefeitura lança como falta servidor em greve.

Municipários refutam parcelamento

O diretor do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) Raul Giacobone admite que os bloqueios buscam forçar uma negociação com o prefeito. O segmento não quer apenas a interlocução do comitê de secretarias. "Na assembleia desta terça, esperamos ter proposta melhor", diz Giacobone. Os municipários querem a reposição imediata da inflação, cujo índice acumulado é de 9,28% entre maio de 2015 e abril desde ano, data-base da categoria, e aumento do valor do vale alimentação dos atuais R$ 18,00 para R$ 25,00.
A prefeitura propôs parcelamento da inflação em quatro vezes, com um 1% de reajuste retroativo a maio, e as demais parcelas para completar o índice em outubro, dezembro e janeiro de 2017. Segundo Giacobone, o pagamento escalonado vai gerar defasagem de 60%. "Aceitamos o parcelamento desde que o valor da perda seja pago", diz o diretor do Simpa. A entidade diz que a maior adesão à greve ocorre nas áreas da educação e social, com até 80% de paralisação. 
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