Desde segunda-feira, está em curso a 11ª edição da Operação Ágata em todas as fronteiras brasileiras, o equivalente a 16.886 quilômetros. Com previsão de ocorrer até o final da semana que vem, a operação conta, na região Sul, com a participação de 3,6 mil militares das Forças Armadas, além do apoio de agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar e dos exércitos argentino e uruguaio. A mobilização reforçará o combate a ilícitos, visando aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Em função da disputa, o Ministério da Defesa, coordenador da operação, optou por priorizar toda a faixa de fronteira terrestre, nos mesmos moldes do que ocorreu durante a Copa do Mundo de 2014. A mobilização será monitorada em centros montados em diversos comandos pelo País, inclusive em Porto Alegre.
As ações focam em crimes como narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, contrabando de veículos, imigração e garimpo ilegal. "Não pretendemos anular totalmente a entrada de ilícitos, pois sabemos que é impossível, mas queremos constranger os bandidos e, principalmente, adquirir mais conhecimento sobre o modus operandi deles", explica o general Edson Leal Pujol, comandante militar do Sul.
A Operação Ágata ocorre, neste ano, com redução de 75% da verba prevista. Ao invés dos R$ 3 milhões prometidos, somente R$ 700 mil chegaram aos cofres das Forças Armadas. No ano passado, a mobilização já havia recebido corte de 40% do orçamento. "Mesmo assim, conseguimos diminuir apenas 30% do efetivo que trabalharia nas ações. Esperamos que a situação melhore nos próximos anos", observa o comandante.