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- Publicada em 07 de Junho de 2016 às 22:09

Licença permite que ETE Serraria funcione a pleno

Segundo Ana, Fepam se convenceu de que solução do Dmae é boa

Segundo Ana, Fepam se convenceu de que solução do Dmae é boa


FREDY VIEIRA/JC
Isabella Sander
Maior obra do Programa Integrado Socioambiental (Pisa), a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Serraria está finalmente liberada para funcionar a pleno. Aberta desde março de 2014, a unidade foi alvo de diversas discussões entre a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), que culminaram em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Com o acordo, a unidade operou, inicialmente, através de autorização parcial, com capacidade de tratar 530 litros de esgoto por segundo. O potencial será ampliado para 2,5 mil litros por segundo, ou 216 mil metros cúbicos tratados por dia.
Maior obra do Programa Integrado Socioambiental (Pisa), a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Serraria está finalmente liberada para funcionar a pleno. Aberta desde março de 2014, a unidade foi alvo de diversas discussões entre a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), que culminaram em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Com o acordo, a unidade operou, inicialmente, através de autorização parcial, com capacidade de tratar 530 litros de esgoto por segundo. O potencial será ampliado para 2,5 mil litros por segundo, ou 216 mil metros cúbicos tratados por dia.
O imbróglio se deu quando o Dmae propôs que o cano que levaria a água já tratada para o Guaíba fosse mais curto do que inicialmente previsto, medida que tornaria a obra mais econômica. O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), então, mediou a situação através do TAC, definindo que haveria um monitoramento conjunto entre os órgãos, para certificação de que o encurtamento não causaria problemas ambientais.
"Isso foi feito. Chegamos ao final e verificamos que a solução era, de fato, boa, e a Fepam se convenceu de que a operação poderia se dar dessa forma. Chegamos ao último capítulo da novela e tivemos um final feliz", afirma a diretora-presidente da Fepam, Ana Pellini.
A partir de agora, a Fepam autoriza o funcionamento a pleno, que ficará a critério do Dmae. "Foi uma conquista. A obra inicialmente não previa que o tratamento do esgoto atingisse o nível terciário e, por isso, precisaria de um cano maior, mas, como incluímos esse nível no nosso projeto, a operação já envolvia tratamento preliminar", explica o diretor-geral do Dmae, Antônio Elisandro de Oliveira.
O tratamento em nível terciário inclui uma etapa com remoção de sólidos de maior proporção e, depois, tratamentos anaeróbico e aeróbico, que decompõem a matéria orgânica primeiro sem oxigênio e, depois, com oxigênio. "É um tratamento de maior eficiência. Em função disso, defendemos que o emissário não precisaria ter toda aquela distância", recorda Oliveira. Ficou comprovado, nesses mais de dois anos, que a água sai da ETE Serraria mais clarificada do que a do próprio Guaíba, e com condições melhores de recepção.
Antes de a ETE Serraria ser aberta, apenas 18% do esgoto era tratado em Porto Alegre. Em 2014, o percentual aumentou para 33% e, em 2015, para 66%. "É uma ação fundamental para melhorar a qualidade da nossa água, pois a relação entre o esgoto e a água é muito íntima. Todo o consumo de água em nossa residência gera esgoto", observa Oliveira.
O Dmae estima que a ETE funcione a pleno até 2028, com vasão máxima de 4,1 mil litros de esgoto por segundo, mas com média máxima de 3 mil litros por segundo. Hoje, as seis ETEs da Capital tratam de 6 mil a 6,5 mil litros de esgoto por segundo. Como ações complementares ao Pisa, o departamento prevê a conexão, até 2017, de 50 mil residências com o sistema de tratamento.
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