Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 07 de Junho de 2016 às 22:10

Rio Grande do Sul repassará R$ 40 milhões para obras em escolas

Secretário Freitas visitou quatro instituições ocupadas ontem

Secretário Freitas visitou quatro instituições ocupadas ontem


FREDY VIEIRA/JC
Suzy Scarton
Ontem pela manhã, o novo secretário estadual da Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas, visitou quatro das 180 escolas públicas que estão ocupadas no Estado para entregar uma carta-compromisso. Nela, constam seis tópicos que atendem a algumas das reivindicações dos alunos. Em troca, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) pede a desocupação, com expectativa de que as aulas possam ser retomadas na segunda-feira. A promessa mais expressiva é o repasse de cerca de R$ 40 milhões para obras e reformas em 306 escolas, selecionadas por critérios de prioridades, até o final deste mês. O máximo que cada uma dessas escolas receberá é R$ 150 mil.
Ontem pela manhã, o novo secretário estadual da Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas, visitou quatro das 180 escolas públicas que estão ocupadas no Estado para entregar uma carta-compromisso. Nela, constam seis tópicos que atendem a algumas das reivindicações dos alunos. Em troca, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) pede a desocupação, com expectativa de que as aulas possam ser retomadas na segunda-feira. A promessa mais expressiva é o repasse de cerca de R$ 40 milhões para obras e reformas em 306 escolas, selecionadas por critérios de prioridades, até o final deste mês. O máximo que cada uma dessas escolas receberá é R$ 150 mil.
Os colégios que receberam a visita do secretário foram o Instituto de Educação General Flores da Cunha, o Colégio Estadual Coronel Afonso Emílio Massot e as Escolas Estaduais de Ensino Médio Ceará e Roque Gonzales. Freitas espera que a apresentação de uma proposta concreta facilite a decisão da retomada de aulas por parte dos alunos.
"Achamos que o prazo de 48 horas é suficiente para que eles possam debater os pontos da carta", avaliou o secretário, que aguarda um retorno dos estudantes até quinta-feira. A Seduc repassou o documento a 120 escolas ocupadas, número que vem sendo considerado oficial pela pasta. Caso os alunos se neguem a desocupar o espaço, a pasta recorrerá ao Poder Judiciário, mas Freitas espera que essa medida não seja necessária. "Estamos apostando que a negociação vai ter o efeito desejado", declarou.
Os alunos da Roque Gonzales não pareceram satisfeitos com as propostas. O presidente do Grêmio Estudantil Igor Cruz Bueno, de 16 anos, considera que a questão da retirada do Projeto de Lei nº 44/2016, que, segundo interpretação dos estudantes, dá brecha para a privatização das escolas, continua vaga. A carta garante que não será requerida urgência para a votação do projeto e que ele não será votado nos próximos três meses, de modo a "oportunizar o debate e o amadurecimento da matéria". "Eles deram uma enrolada nessa questão. As promessas quanto à merenda e o contrato de professores não passam de obrigação deles", afirmou o aluno.
Há cinco anos, os estudantes da Roque Gonzales têm recebido R$ 0,30 por aluno para a merenda, de acordo com orientação federal. O Estado, por sua vez, prevê uma complementação de R$ 0,60 para estudantes do Ensino Médio e de R$ 1,07 para alunos de tempo integral. "Houve um atraso nos repasses devido à demora na abertura de conta bancária por parte da direção de algumas escolas, mas isso será regulado", garantiu o secretário.
Além da questão da merenda, do PL 44/2016 e do repasse de R$ 40 milhões, o Estado também prometeu que o pagamento da autonomia financeira será priorizado após a integralização da folha salarial dos servidores públicos e que a eventual falta de professores será solucionada de acordo com a demanda.
No encontro com o secretário, os estudantes da Roque Gonzales exigiram o fim do parcelamento dos salários dos professores. Freitas se limitou a explicar que "o Estado não deve prometer o que não pode cumprir", referindo-se à crise econômica e à falta de recursos para cumprimento da folha.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO