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Economia

- Publicada em 30 de Junho de 2016 às 19:45

Meta de inflação para 2018 fica em 4,5%

Existe muita incerteza no ambiente econômico, disse Hamilton Araújo

Existe muita incerteza no ambiente econômico, disse Hamilton Araújo


ANTÔNIO CRUZ/ABR/JC
A meta de inflação a ser perseguida pelo Banco Central vai continuar em 4,5% em 2018. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelo Banco Central (BC) e pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento. A inflação medida pelo IPCA (índice de preços ao consumidor) poderá variar de 3% a 6%, considerando a margem de tolerância fixada pelo governo, de 1,5 ponto percentual.
A meta de inflação a ser perseguida pelo Banco Central vai continuar em 4,5% em 2018. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelo Banco Central (BC) e pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento. A inflação medida pelo IPCA (índice de preços ao consumidor) poderá variar de 3% a 6%, considerando a margem de tolerância fixada pelo governo, de 1,5 ponto percentual.
O CMN também confirmou, nesta quinta-feira, a meta para 2017, que também será de 4,5%, podendo variar entre 3% e 6%. Até 2016, a meta é de 4,5%, mas com intervalo entre 2,5% e 6,5% (2 pontos percentuais de tolerância). Apesar de a meta não ter sido alterada, prevaleceu a decisão de reduzir a margem de tolerância da meta nos próximos dois anos.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton Araújo, afirmou que os membros do CMN avaliaram que há muita incerteza atualmente no ambiente econômico e, por isso, optaram pela manutenção da meta. "Neste momento, seria oportuno focar em convergir a inflação para a meta, trabalho que está sendo conduzido com competência pelo Banco Central", afirmou o secretário. Hamilton disse que a decisão foi unânime e que o conselho não discutiu a hipótese de mudar a meta.
A inflação acumulada nos 12 meses encerrados em maio de 2016 está em 9,32%. O novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmou, nesta semana, que o objetivo do BC é chegar de fato aos 4,5% no final de 2017.
Nos últimos anos, o BC foi criticado por mirar não no centro da meta, mas no seu teto de 6,5%. Desde 2005, a meta só foi plenamente atingida em três ocasiões (2006, 2007 e 2009). Em 2015, a inflação ficou em 10,7%, acima do teto, o que deve se repetir em 2016. Nesses casos, o presidente do BC é obrigado a explicar o descumprimento em carta aberta ao ministro da Fazenda.
A meta de inflação é fixada pelo conselho com antecedência de dois anos e seis meses. Um ano após ser fixada, ela é confirmada ou revista pelo CMN. O objetivo para 2018 terá, portanto, de ser confirmado pelo governo federal no mês de junho de 2017.
Cabe ao CMN, formado por três ministros da área econômica, dizer qual o objetivo a ser perseguido e ao BC usar a taxa básica de juros (Selic) para atingir o percentual. A taxa básica de Selic está em 14,25% ao ano desde julho de 2015.
O CMN manteve a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 7,5% ao ano, percentual que vigorará pelos próximos três meses. Esta é a segunda vez consecutiva que a taxa ficou estável.
Em março, a TJLP foi mantida nesse nível pela primeira vez. Nas cinco reuniões anteriores, a maior parte delas com o então ministro Joaquim Levy à frente da Fazenda, o CMN havia aumentado a TJLP. Depois de dois anos em 5% ao ano, a taxa foi para 5,5% em janeiro do ano passado, passou para 6% em abril, para 6,5% em julho, 7% em outubro e 7,5% em janeiro deste ano.
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