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Economia

- Publicada em 29 de Junho de 2016 às 22:51

Cooperativas gaúchas crescem 15,75% em 2015

Faturamento alcançou R$ 36,1 bilhões, disse Vergilio Perius

Faturamento alcançou R$ 36,1 bilhões, disse Vergilio Perius


FREDY VIEIRA/JC
Guilherme Daroit
Responsáveis por cerca de 11% do PIB do Rio Grande do Sul, as cooperativas gaúchas registraram crescimento considerável em 2015. Mesmo em meio à crise econômica, o setor viu seu faturamento aumentar em 15,75% no ano passado, alcançando R$ 36,1 bilhões. O dado foi apresentado pelo Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado (Ocergs), que projeta novo crescimento, de pelo menos 10%, para 2016.
Responsáveis por cerca de 11% do PIB do Rio Grande do Sul, as cooperativas gaúchas registraram crescimento considerável em 2015. Mesmo em meio à crise econômica, o setor viu seu faturamento aumentar em 15,75% no ano passado, alcançando R$ 36,1 bilhões. O dado foi apresentado pelo Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado (Ocergs), que projeta novo crescimento, de pelo menos 10%, para 2016.
"Mesmo com a retração nos PIBs gaúcho e brasileiro, conseguimos elevar o nosso. Nos reafirma que, em épocas difíceis da economia, o cooperativismo cresce bem", analisou o presidente da Ocergs, Vergilio Perius, durante a divulgação dos dados no Tá na Mesa, da Federasul. Perius credita o aumento no faturamento ao fato de mais pessoas terem se agregado ao sistema cooperativista, com diferencias como a participação nas decisões e o retorno da arrecadação às comunidades.
No ano passado, as sobras, que são o lucro das cooperativas, cresceram ainda mais, na ordem de 33%, atingindo R$ 1,3 bilhão. Os resultados mais importantes nos ingressos foram os dos ramos agropecuário ( 11,6%, para R$ 22,1 bilhões), de crédito ( 33,8%, para R$ 6,8 bilhões), saúde ( 18%, para R$ 5,4 bilhões), infraestrutura ( 8,2%, para
R$ 946,8 milhões) e transporte ( 35,5%, para R$ 362,1 milhões). O último recebeu destaque de Perius por ter agregado quase 2 mil novos associados, atingindo 6,1 mil novos cooperativados. No total, as cooperativas gaúchas possuem 2,7 milhões de associados, resultado menor, no Brasil, apenas do que o estado de São Paulo.
Nem tudo são flores para o setor, porém. O presidente da Ocergs argumenta que o cooperativismo poderia apresentar resultados ainda maiores caso houvesse políticas públicas mais claras ao sistema no País. "Em habitação, por exemplo, a Caixa não financia mais cooperativas, mas apenas o mutuário que, se estiver com o nome sujo, não pode ser beneficiado", exemplificou Perius, lembrando que no antigo Banco Nacional da Habitação (BNH) a situação era diferente. O tratamento dado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) às cooperativas de saúde, sem adaptações em relação a empresas privadas, também recebeu críticas.
Em contrapartida, atuações como a do Banco Central, que fomenta, regula e fiscaliza as cooperativas de crédito, e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que teria passado, segundo a Ocergs, a entender a importância do sistema para a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), foram tratadas como modelos. "É inadmissível, em um País com o número de desempregados que temos, que se fechem cooperativas de trabalho por conta de três ou quatro ações trabalhistas. É como fechar um hospital porque algum paciente morreu", acrescentou Perius.
Para 2016, a onda de crescimento que se vê já há vários anos (o faturamento do setor cresceu 94,6% desde 2010), deve continuar. A Ocergs projeta um novo incremento nas receitas de pelo menos 10%. Um dos principais motivos é a manutenção do nível de investimentos pelas 434 cooperativas gaúchas, que devem repetir neste ano os aportes de R$ 1,7 bilhão de 2015. Os investimentos estão divididos em R$ 905 milhões para novas instalações, R$ 314 milhões em agroindústrias, R$ 276 milhões em TI e R$ 88 milhões em assistência técnica, com o restante voltado a capacitação, comunicação e melhorias em processos. "Pelo menos 40% desses investimentos já foram concretizados até agora", contou Perius. Entre as melhorias, foram saudados quatro novos hospitais de cooperativas em construção no Rio Grande do Sul.
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