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Economia

- Publicada em 28 de Junho de 2016 às 21:56

Aneel mantém usina de Charqueadas até dezembro

Pela Tractebel, a termelétrica funcionaria apenas até 31 de agosto

Pela Tractebel, a termelétrica funcionaria apenas até 31 de agosto


FREDY VIEIRA/JC
Luiz Eduardo Kochhann
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a Usina Termelétrica de Charqueadas em operação até o final de dezembro. A revogação da outorga se dará a partir de 1 de janeiro de 2017. A decisão unânime dos cinco membros da diretoria, em reunião na tarde de ontem, vai contra a solicitação feita pela Tractebel Energia, que esperava interromper as atividades no local no próximo dia 31 de agosto por não conseguir conciliar eficiência e retorno financeiro. Com isso, até o fim deste ano, a usina segue em funcionamento com potência reduzida para 36 megawatts (MW).
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a Usina Termelétrica de Charqueadas em operação até o final de dezembro. A revogação da outorga se dará a partir de 1 de janeiro de 2017. A decisão unânime dos cinco membros da diretoria, em reunião na tarde de ontem, vai contra a solicitação feita pela Tractebel Energia, que esperava interromper as atividades no local no próximo dia 31 de agosto por não conseguir conciliar eficiência e retorno financeiro. Com isso, até o fim deste ano, a usina segue em funcionamento com potência reduzida para 36 megawatts (MW).
De acordo com o secretário de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Lucas Redecker, a diretoria da Aneel acertou em seu parecer, pois, dessa maneira, acaba sendo ratificado o primeiro prazo solicitado pela empresa, até o fim do ano, nas negociações com o Estado. "A Tractebel tentou antecipar para agosto, mas essa é a data do primeiro acordo que tínhamos. Com isso, o Estado, as empresas envolvidas e os municípios da região têm um prazo a mais para se organizarem em relação ao fechamento da termelétrica", avaliou.
O objetivo, agora, é viabilizar um novo leilão de geração de energia térmica a carvão. Conforme explica Redecker, trata-se de uma solução de longo prazo, que depende de manifestação positiva do ministério de Minas e Energia, da Aneel e Empresa de Pesquisa Energética (EPE), para garantir a instalação de uma nova termelétrica na região carbonífera do baixo Jacuí e na região de Candiota, além de outra em Tubarão, em Santa Catarina. "Nossa proposta é de que se tenha leilões regionais para energia térmica a carvão", completa o titular estadual da pasta de Minas e Energia.
Embora comemore o fato de a decisão dar mais tempo para a região buscar novos investimentos, o presidente do Sindicato dos Mineiros do Rio Grande do Sul, Oniro Camilo, é cauteloso. "Lutamos por esse desfecho ao longo do ano, mas ainda não sabemos se a Tractebel vai tentar brecar a definição do conselho. O importante, por enquanto, é que ganhamos fôlego", destaca. Entre as possibilidades, também está a captação do investimento de um grupo chinês, que já teria manifestado interesse, na cadeia produtiva local. Segundo Camilo, o fechamento da usina afeta direta e indiretamente 2,4 mil trabalhadores.
Questionado sobre uma eventual exigência de continuidade do funcionamento da usina em virtude de uma decisão da Aneel, o diretor de Geração da Tractebel, José Laydner, afirmou, na edição de segunda-feira do Jornal do Comércio, que a empresa estaria sujeita às determinações do agente regulador do setor elétrico. Na ocasião, Laydner disse não ver razões para que o pleito de encerrar as atividades em agosto não fosse atendido.
A reportagem não conseguiu contato com a assessoria de imprensa da Tractebel para repercutir a decisão da Aneel até o fechamento dessa edição.
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