Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Mercado de Capitais

- Publicada em 28 de Junho de 2016 às 19:46

Dólar cai a R$ 3,30 após sinais do Banco Central

O dólar fechou ontem no menor nível em quase 11 meses no balcão, após um movimento de desmonte de posições compradas no mercado futuro por investidores estrangeiros em reação à entrevista do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.
O dólar fechou ontem no menor nível em quase 11 meses no balcão, após um movimento de desmonte de posições compradas no mercado futuro por investidores estrangeiros em reação à entrevista do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.
O novo chefe do BC prometeu reduzir mais a exposição da entidade em swaps cambiais quando encontrar a janela de oportunidade para continuar baixando o estoque, quando e se for possível. De acordo com ele, o BC poderá utilizar todas as ferramentas disponíveis, mas sempre com "parcimônia" e sem interferir no regime de câmbio flutuante.
O dólar à vista terminou aos R$ 3,3046 (-2,57%) no balcão, no valor mais baixo desde o fechamento em 23 de julho de 2015 (aos R$ 3,2910). O volume total negociado somou cerca de US$ 1,586 bilhão.
Houve um volume considerável de estrangeiros vendendo dólar no mercado futuro (desmonte de posição comprada) após coletiva de Goldfajn, disse o superintendente regional da SLW corretora, João Corrêa. "Hoje, porém, não consigo ver o BC usando leilão de swap reverso para apoiar uma alta do dólar, porque o controle da inflação parece ser prioridade e o dólar mais baixo pode ajudar na busca pela convergência dos preços ao centro da meta em 2017", afirmou Corrêa.
Com isso, o giro com o dólar para julho somou US$ 19,913 bilhões (398.275 contratos negociados), ante US$ 14,306 bilhões ontem. Esse contrato fechou com queda de 2,71%, aos R$ 3,3050.
Depois de dois dias de fortes perdas, os investidores do mercado de ações dedicaram o dia de ontem à busca por boas oportunidades de compra. Com isso, o dia foi de recuperação de preços no Brasil, que acompanhou o movimento das bolsas na Europa e nos Estados Unidos. O resultado foi uma alta de 1,55% do Índice Bovespa (50.006 pontos), que recompôs parte dos 4,49% perdidos nos dois pregões posteriores ao plebiscito que decidiu sobre a saída do Reino Unido da União Europeia.
arte_bolsa_bolsa_editar_01.jpg

Novos nomes do BC serão apresentados ao Senado hoje

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, terá reunião hoje com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para apresentar os diretores indicados que serão sabatinados pela Comissão Assuntos Econômicos (CAE) na próxima terça-feira, dia 5 de julho. Se tudo correr conforme o previsto, os novos diretores já participarão da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 19 e 20 de julho.
Goldfajn indicou Carlos Viana de Carvalho para a Política Econômica; Reinaldo Le Grazie para Política Monetária; o procurador-geral da instituição, Isaac Sidney Menezes Ferreira, para Relacionamento Institucional e Cidadania; e Tiago Couto Berriel para Assuntos Internacionais. Assim como ocorreu em abril do ano passado, quando houve a última mudança de diretoria, a sabatina dos indicados deve ser feita de uma só vez. Na ocasião, a CAE aprovou Otávio Damaso para a área de Regulação e Tony Volpon para a diretoria de Assuntos Internacionais.
Com a aprovação dos novos nomes, deixam os cargos os atuais diretores Altamir Lopes (Política Econômica), Aldo Mendes (Política Monetária) e Volpon. Luiz Feltrim, que era o titular de Relacionamento Institucional, permanece no colegiado como diretor de Administração. Com essa reestruturação, o Copom volta a ser formado por nove membros - oito diretores e mais o presidente. Também compõem o board os diretores Anthero Meirelles (Fiscalização), Sidnei Marques (Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural) e Damaso.