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Consumo

- Publicada em 27 de Junho de 2016 às 19:15

Confiança do empresário do comércio cresce

Dado que mede perspectivas futuras avançou após 16 meses em queda

Dado que mede perspectivas futuras avançou após 16 meses em queda


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Mesmo ainda em campo pessimista, aos 85,7 pontos, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICcec-RS) registrou, em junho, um avanço de 2,2% em relação ao mesmo período do ano passado e de 6,1% na comparação com maio de 2016. Foram determinantes para esse avanço a melhoria nas expectativas quanto ao futuro e no indicador de investimentos. Os dados da pesquisa foram divulgados ontem pela Fecomércio-RS.
Mesmo ainda em campo pessimista, aos 85,7 pontos, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICcec-RS) registrou, em junho, um avanço de 2,2% em relação ao mesmo período do ano passado e de 6,1% na comparação com maio de 2016. Foram determinantes para esse avanço a melhoria nas expectativas quanto ao futuro e no indicador de investimentos. Os dados da pesquisa foram divulgados ontem pela Fecomércio-RS.
Em relação às condições atuais da economia (Icaec), houve uma queda de 9,6% na comparação com junho de 2015, caindo a 45,2 pontos e refletindo o recuo apurado nos três componentes do indicador (economia, setor e empresa). "A conjuntura econômica ruim persiste, o que explica essa percepção negativa", afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
O índice de expectativas do empresário do comércio (Ieec) atingiu 125,9 pontos, o que representou uma elevação de 7,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. A expansão do otimismo ocorreu para as três dimensões avaliadas (economia, setor e empresa). "Após 16 meses em nível negativo (abaixo de 100,0 pontos), o dado que mede as perspectivas futuras da economia brasileira retornou ao patamar otimista", destacou o presidente da Fecomércio-RS. O indicador relativo às expectativas da economia brasileira passou de 88,6 pontos em maio para 107,1 pontos em junho de 2016.
O índice de investimentos do empresário do comércio (Iiec) apresentou variação positiva de 2,0% na comparação com junho de 2015, alcançando 85,9 pontos. Frente ao mesmo período do ano passado, as perspectivas de realização de investimentos, que permanecem em campo pessimista desde agosto de 2014, continuam diminuindo (-2,4%), assim como a situação atual dos estoques (-1,4%). O indicador de contratação de funcionários, apesar de permanecer com 90,0 pontos, apresentou o segundo mês consecutivo de melhora na comparação com o mesmo mês do ano anterior (81,9 pontos). "A melhora das expectativas em junho não foi ainda suficiente para afetar os planos de investimentos e contratação dos empresários do comércio de forma a trazer o indicador para o campo otimista."

Impeachment melhora expectativa e ajuda a explicar alta, indica a FGV

O avanço do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff aparece como principal fator por trás da melhora no nível da confiança do consumidor nos últimos dois meses, na avaliação de Viviane Seda Bittencourt, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). A FGV informou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 3,4 pontos em junho ante maio, registrando 71,3 pontos, maior nível desde junho de 2015, quando foi 73,2.
Segundo Viviane, a associação entre o impeachment e a melhora da confiança está baseada no fato de o movimento ter sido verificado tanto em maio, mês em que o Senado decidiu pela admissibilidade do processo, quanto em junho, e de a alta ter sido puxada pelas expectativas.
Entre os componentes do ICC, o Índice de Expectativas (IE) avançou 6,0 pontos em junho, atingindo 77,1 pontos, o maior nível desde janeiro de 2015 (81,7). Já o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 0,8 ponto, atingindo 64,7 pontos. Em maio, o IE já havia subido 5,3 pontos em relação a abril, ao passo que o ISA avançara apenas 0,8 ponto.
"Normalmente, as expectativas antecedem uma melhora na situação atual", afirmou Viviane.