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Economia

- Publicada em 22 de Junho de 2016 às 20:43

Plebiscito do Reino Unido leva bolsa a cair 1,34%

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Depois de ter subido durante cinco pregões consecutivos, a Bovespa rendeu-se à cautela com o plebiscito que decidirá sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia e fechou ontem em queda de 1,34%, aos 50.156 pontos. A bolsa chegou a subir até 0,79%, mas inverteu a tendência à tarde, apoiada na fraqueza das bolsas norte-americanas e na queda significativa dos preços do petróleo, em meio à divulgação de novas pesquisas de intenção de voto no Reino Unido.
Depois de ter subido durante cinco pregões consecutivos, a Bovespa rendeu-se à cautela com o plebiscito que decidirá sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia e fechou ontem em queda de 1,34%, aos 50.156 pontos. A bolsa chegou a subir até 0,79%, mas inverteu a tendência à tarde, apoiada na fraqueza das bolsas norte-americanas e na queda significativa dos preços do petróleo, em meio à divulgação de novas pesquisas de intenção de voto no Reino Unido.
Outro fator que pesou negativamente para a bolsa foi a queda dos preços do petróleo nas bolsas de Nova Iorque e Londres. A commodity caiu 1,44% na Nymex e 1,46% na ICE. As ações da Petrobras, que pela manhã resistiram fortemente à queda do petróleo, acabaram sucumbindo à tarde. Ao final dos negócios, Petrobras ON e PN cederam 2,43% e 1,99%, respectivamente, ambas fechando na mínima do dia.
A queda da bolsa não foi maior devido ao desempenho das ações de mineração e siderurgia, que andaram na contramão do mercado, animadas pela alta das commodities metálicas. As ações da Vale sustentaram forte valorização, terminando o dia em alta de 1,60% (ON) e de 2,49% (PNA). Bradespar PN, acionista da Vale, registrou ganho de 1,44%. Gerdau Metalúrgica PN avançou 2,54%.
Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, os destaques de baixa ficaram com empresas exportadoras, que reagiram negativamente à queda de 1% do dólar. Entre elas estiveram JBS ON (-4,53%), Fibria ON (-4,20%) e BRF ON (-3,71%). Foram movimentados hoje R$ 6,48 bilhões, dentro da média de junho
(R$ 6,5 bilhões).
O dólar caiu ante o real no mercado à vista, pressionado pelos ingressos de recursos de exportadores e um movimento de desmonte de posições compradas no mercado futuro, assim como o viés negativo do Dollar Index. No mercado à vista, a moeda dos EUA fechou cotada a R$ 3,3789 no balcão (-1,01%). O volume de negócios à vista, de US$ 2,507 bilhões, foi consistente e confirmou o fluxo cambial positivo no segmento à vista, de acordo com o operador José Carlos Amado, da Spinelli Corretora. O dólar futuro para julho recuou 1,10%, para R$ 3,3865, com giro de
US$ 14,100 bilhões.
A queda ocorreu a despeito do petróleo fraco e da divulgação de duas pesquisas hoje, que mostraram a maioria dos votos favorável à saída do Reino Unido da União Europeia. Na véspera do referendo britânico, a disputa segue acirrada, e alguns agentes financeiros apostam na permanência do país no bloco.
Também pesou no dólar a sinalização da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, ontem em sabatina no Congresso dos EUA, de que o Banco Central norte-americano pode manter os juros baixos no longo prazo. A alta de metais básicos, como minério de ferro ( 2%, a US$ 51,7 por tonelada seca) e cobre ( 0,6%, a US$ 4.700 por tonelada), também favoreceu a valorização do real.
O diretor da Correparti, Jefferson Rugik, destacou que o dólar caiu lá fora ante o euro, a libra esterlina e em relação às moedas emergentes e ligadas a commodities e, aqui, houve fluxo de exportação e um leve desmonte de posições compradas no mercado futuro.
O cenário político segue no radar, mas não tem afetado os negócios, porque o mercado sabe que a equipe econômica, sob o comando do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não tem perfil intervencionista, de acordo com profissionais do mercado. Ainda assim, todos estão atentos a um eventual leilão de swap reverso do Banco Central para conter a baixa do dólar.
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