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Conjuntura

- Publicada em 23 de Junho de 2016 às 08:44

Grupo elabora ações para retomar crescimento

Presidente interino Michel Temer teve o primeiro encontro ontem com os integrantes do Comitê Econômico

Presidente interino Michel Temer teve o primeiro encontro ontem com os integrantes do Comitê Econômico


CAROLINA ANTUNES/PR/JC
Os ministros do recém-criado Comitê Econômico do governo federal entregarão, em 15 dias, ao presidente interino Michel Temer propostas visando à retomada da atividade econômica. A novidade é que este grupo abrangerá pastas que tradicionalmente não estavam inseridas no núcleo central responsável pelas decisões no âmbito da economia. A primeira reunião do grupo foi realizada ontem no Palácio do Planalto.
Os ministros do recém-criado Comitê Econômico do governo federal entregarão, em 15 dias, ao presidente interino Michel Temer propostas visando à retomada da atividade econômica. A novidade é que este grupo abrangerá pastas que tradicionalmente não estavam inseridas no núcleo central responsável pelas decisões no âmbito da economia. A primeira reunião do grupo foi realizada ontem no Palácio do Planalto.
Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o comitê será formado pelos ministérios do Planejamento; das Relações Exteriores; da Indústria, Comércio e Serviços; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ciência, Tecnologia e Inovação; Trabalho e Turismo, além da própria Casa Civil.
"O objetivo da reunião de hoje (ontem) foi a apresentação de um inventário com a situação nos ministérios. O presidente Temer pediu que sinalizassem medidas a serem tomadas nos ministérios para o que chamamos de 'animação econômica', de forma a conseguirmos a estabilização", disse Padilha, após o encontro com os demais ministros.
Segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a primeira reunião do comitê representa uma iniciativa de coordenação mais eficiente do governo federal. "Os temas econômicos serão aqui discutidos com um grupo ampliado com outros ministérios, de forma a permitir uma diversificação da discussão e também que os problemas de cada área sejam trazidos para discussão, na busca por solução", disse.
O ministro informou que o tema e a orientação principal da reunião foram voltados para que o grupo apresente, em 15 dias, ao presidente um conjunto de propostas direcionadas a ações para a retomada da atividade econômica.
"Daremos ao presidente propostas que vão na linha da retomada da atividade e que não tragam encargo fiscal elevado ao estado. Serão propostas voltadas ao destravamento de investimentos e à redução da insegurança jurídica e dos custos de transação do setor privado; e à abertura e melhor regulação de mercado", disse Oliveira.
Segundo ele, estas serão medidas de cunho mais regulatório e de criação de regras estáveis e estabilizadoras que permitam maior competição dos mercados e que tornem os investimentos mais seguros e as decisões econômicas mais previsíveis.
"Estaremos nos debruçando, nos próximos dias, sobre isso para trazer ao presidente sugestões que possam se somar às iniciativas de estabilização fiscal, complementando uma estratégia de política econômica desenhada não só a curto prazo, mas para trazer ao País uma perspectiva de médio e longo prazo para a retomada do crescimento e de estabilização das variáveis macroeconômicas", acrescentou.
Para o ministro do Planejamento, essas medidas se enquadrarão dentro de uma sequência da política econômica que começou com as ações de estabilização fiscal já anunciadas e de outras que ainda estão sendo discutidas, no sentido da redução de despesas e controle de uma maior qualidade do gasto.
"Nosso entendimento sobre a política econômica é de que a estabilização fiscal é a base do desenvolvimento econômico. Isso tem de ter continuidade para a geração de atividade econômica e de emprego no País", disse.
Ele explicou que o governo não estará limitado a apenas a agenda de controle fiscal. "Essa agenda fiscal tem sido implementada com ações bastante fortes, como é o caso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita a evolução do crescimento dos gastos do governo federal e do acordo com governos estaduais para inclusão da regra da limitação dos gastos."

Temer diz que sua gestão está 'cortando na carne' e levará o Brasil a superar a crise

Ao tomar posse no IBGE, Rabello de Castro destacou a missão da instituição em ajudar no resgate da confiança do País

Ao tomar posse no IBGE, Rabello de Castro destacou a missão da instituição em ajudar no resgate da confiança do País


WILSON DIAS/ABR/JC
Ao dar posse ontem ao novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Paulo Rabello de Castro, o presidente interino da República, Michel Temer, disse que sua gestão está "cortando na carne", conseguindo aprovar matérias importantes e que conseguirá levar o País a superar a crise.
Temer voltou a dizer que a interinidade não tem atrapalhado a governabilidade e que, apesar do pouco tempo de gestão, conseguiu formar uma base sólida no Congresso "irmanada com o governo", que tem possibilitado a solução de problemas que há muito tempo estavam pendentes.
"Temos trabalhado com muita intensidade e, ao trabalharmos dessa maneira, faço uma homenagem ao Congresso, porque temos uma base parlamentar hoje muito sólida, tanto na Câmara quanto no Senado. Não foi sem razão que, nos últimos dias, conseguimos aprovar as desvinculações das receitas da União, a chamada DRU. São medidas que revelam essa conjugação de esforços de todo o País na tentativa, ou na convicção, de que vamos sair da crise. Não tenho a menor dúvida disso", disse.
Para o presidente interino, o País precisa continuar buscando soluções para os problemas, apesar dos impasses políticos. "As pessoas têm a mania de personalizar cargos quando, na verdade, o cargo deve prevalecer sobre a figura da pessoa. E, no caso da Presidência da República, o que deve haver para quem exerce, momentânea ou definitivamente, é pensar o País."
Temer lembrou que, após assumir interinamente o governo, cortou 4,2 mil cargos de livre nomeação e reduziu 10,2 mil funções gratificadas, além de propor ao Legislativo a fixação de um teto para os gastos públicos. "O fato é que se cobrava muito. Antes de qualquer ônus sobre a população, primeiro corte-se na carne. E estávamos fazendo isso quando propusemos a limitação dos gastos públicos, estamos segurando os gastos públicos."
O novo presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro, disse que a instituição ajudará o País a cumprir "a inadiável" missão tríplice de resgate da confiança, do crédito público, da federação. "Nessa ponte para o futuro, que devemos construir, se possível, a toque de caixa, é grande e nobre a função do IBGE de retratar o Brasil, levando a todos o melhor conhecimento da realidade, aprimorando o exercício da cidadania."