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Economia

- Publicada em 22 de Junho de 2016 às 21:55

Brasil decide liberar importação de feijão

Redução da safra na região Centro-Oeste inflacionou a saca do grão

Redução da safra na região Centro-Oeste inflacionou a saca do grão


MARCELLO CASAL JR/ABR/JC
O governo federal retirou as taxas para importação de feijão de países vizinhos na tentativa de baixar o preço do produto nos supermercados. A princípio, a liberação inclui Argentina, Paraguai e Bolívia, mas o Ministério da Agricultura estuda a possibilidade de trazer o produto do México, após assinatura de um acordo sanitário, e da China.
O governo federal retirou as taxas para importação de feijão de países vizinhos na tentativa de baixar o preço do produto nos supermercados. A princípio, a liberação inclui Argentina, Paraguai e Bolívia, mas o Ministério da Agricultura estuda a possibilidade de trazer o produto do México, após assinatura de um acordo sanitário, e da China.
Em nota, o Palácio do Planalto justificou a recente alta no preço do feijão "em função de questões climáticas, que ocasionaram a perda de praticamente toda a safra do Centro-Oeste". Outra medida que está sendo tomada é a negociação com grandes redes de supermercado para que busquem o produto diretamente com esses outros países. "Tivemos uma frustração de 10% da previsão de colheita que nós tínhamos, e obviamente o mercado percebe que vai faltar feijão, e acabamos tendo aumento de preço", afirmou o ministro da agricultura, Blairo Maggi.
O ministro afirmou que o País não faz estoque de feijão, porque o produto é extremamente perecível. Por isso, a decisão de retirar os impostos e liberar a importação de feijão. Maggi disse que o governo também tomou medidas relacionadas ao milho, já prevendo situação parecida para este produto. Segundo ele, o preço das sacas de milho já subiu, em algumas partes do País, de R$ 25 para R$ 60.
O preço do feijão-carioca seguiu mostrando força em junho, segundo o IPCA-15, com alta de 16,38% sobre o mês anterior, brecando desaceleração mais intensa de alimentos e bebidas, que subiram 0,35% neste mês, sobre 1,03% em maio. No acumulado em 12 meses até maio, os preços do feijão-carioca já subiram quase 42%.
O clima adverso no País tem provocado repiques na inflação de alimentos, afetando também produtos como soja e milho. O movimento ameaça o início do afrouxamento da taxa básica de juros pelo Banco Central, que vem reafirmando que só cortará a Selic - em 14,25% ao ano desde julho passado - quando enxergar arrefecimento suficiente na alta de preços domésticos.
Segundo o ministro, o feijão vindo de países vizinho deve demorar cerca de 60 dias para ser comercializado. Ele disse que não pode, no entanto, dar uma previsão de quando os preços começarão a cair. "Espero quer consigamos baixar o preço, mas não tenho como dar uma data, não há como dizer isso. O mercado é autossuficiente, ele que regula", disse.
Maggi disse também que o ministério sugeriu ao governo o pagamento de um preço mínimo para a primeira safra do milho. Segundo Maggi, a sugestão do ministério é de que este preço seja fixado em R$ 18,00. Além disso, quer criar condições melhores de importação para o fim da primeira safra. "Vamos atuar na política de preços mínimos, subir os preços mínimos para fazer com que os produtores se entusiasmem. Isso faz com que tenhamos um volume maior na primeira safra até que cheguemos no fim do ano que vem, com uma safra melhor, quando esperamos que São Pedro nos ajude, e não nos atrapalhe, como neste ano."
Apesar de defender aumento no estoque de milho, Maggi informou não ver, até o momento, necessidade de o governo intervir no mercado do grão, uma vez que o volume produzido é "mais que suficiente" para abastecimento do mercado interno.
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