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Indústria

- Publicada em 22 de Junho de 2016 às 21:53

Videolar-Innova amplia presença em Triunfo

Parisotto (e) e o governador Sartori conheceram as instalações

Parisotto (e) e o governador Sartori conheceram as instalações


LUIZ CHAVES/PALÁCIO PIRATINI/JC
A troca de controladora da Innova (anteriormente era a Petrobras e agora é a Videolar) acelerou o processo de crescimento da companhia. O presidente do grupo, o empresário Lírio Parisotto, informa que, no espaço de quatro anos, o investimento previsto na empresa é de aproximadamente R$ 1,2 bilhão - o aporte poderá variar conforme o tamanho da futura ampliação de produção de estireno.
A troca de controladora da Innova (anteriormente era a Petrobras e agora é a Videolar) acelerou o processo de crescimento da companhia. O presidente do grupo, o empresário Lírio Parisotto, informa que, no espaço de quatro anos, o investimento previsto na empresa é de aproximadamente R$ 1,2 bilhão - o aporte poderá variar conforme o tamanho da futura ampliação de produção de estireno.
Ontem, foi apresentado o primeiro dos empreendimentos a serem desenvolvidos com a abertura da planta de poliestireno expandido, no Polo Petroquímico de Triunfo. A inauguração contou com a presença do governador José Ivo Sartori, que conheceu as instalações da unidade no município.
O investimento na unidade, que tem capacidade para a produção de 25 mil toneladas ao ano da resina, foi de cerca de R$ 100 milhões. "Estamos preparados para dobrar a capacidade ou mais, vai depender da demanda interna e da exportação", adianta o executivo. Parisotto ressalta que existe uma demanda reprimida desse produto usado em embalagens, na construção civil e no isolamento térmico em edificações. Popularmente, o poliestireno expandido é muito conhecido pela marca comercial isopor. A Videolar-Innova adotará o nome Newcell para o seu produto.
Depois dessa iniciativa, em 2017, a empresa pretende começar, também em Triunfo, a produção de ABS (usado para a fabricação de plásticos de engenharia), com capacidade para 100 mil toneladas ao ano. O investimento nessa planta será na ordem de R$ 100 milhões. A unidade poderá ser aproveitada para a produção de ABS ou para poliestireno HIPS (empregado em plásticos para alto impacto), segundo as condições de mercado.
Para 2018, o objetivo será duplicar a capacidade de estireno (utilizado na produção do poliestireno, ABS, borracha sintética, resinas acrílicas, entre outros produtos). Atualmente, a unidade tem potencial para 250 mil toneladas anuais. Parisotto revela que, neste momento, a Videolar-Innova negocia com a Braskem o fornecimento de matéria-prima para expandir a unidade de estireno.
Hoje, a Braskem tem um volume disponível de benzeno que possibilitaria à Videolar-Innova fazer mais 120 mil toneladas de estireno/ano, porém não tem insumo suficiente para viabilizar a duplicação da planta. "Em última análise, vamos ampliar em 50%, mas o ideal, economicamente, seria dobrar", enfatiza. O investimento no aumento da capacidade dependerá se a expansão será de 50% ou 100%. No entanto, o cálculo é de US$ 1 milhão aplicado a cada mil toneladas de capacidade. Procurada pela reportagem do Jornal do Comércio, a Braskem preferiu não se pronunciar sobre o abastecimento de matéria-prima para o seu cliente ou se seria capaz de incrementar a produção de benzeno.
Depois de todos os investimentos concretizados pela Videolar-Innova, deverão ser gerados de 100 a 150 postos de trabalho. Parisotto recorda que a Videolar assumiu a Innova há pouco mais de um ano. "E falamos, naquela ocasião, que tínhamos grandes ambições para essa planta, de aumentar as produções", destaca.
O empresário enfatiza que o investimento feito no complexo de poliestireno expandido foi através de recursos próprios da empresa. A ação contou com o apoio do Fundopem, contudo Parisotto expõe que, enquanto o benefício fiscal para a antiga controladora, a Petrobras, era de 60%, para a Videolar foi de 30%.

Lírio Parisotto defende que crise no País não impede investimentos

Indagado sobre a realização de empreendimentos em um período de crise, o presidente da Videolar-Innova, Lírio Parisotto, ressalta que essa situação não será eterna. "Não posso esperar passar a crise para investir, o investimento na petroquímica tem uma duração de dois a quatro anos, se eu esperar o mercado ficar bom, eu vou estar na próxima crise", argumenta. De acordo com o executivo, é preciso coragem, teimosia, não se aposentar e ficar atento às oportunidades.
Também compareceram à solenidade de inauguração da fábrica de poliestireno expandido o governador José Ivo Sartori e o ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Marcos Antônio Pereira. Na ocasião, Sartori reforçou que, em uma época de dificuldades, é necessário criar soluções. Já Pereira considera que investimentos como o da Videolar-Innova demonstram que o empresariado está recuperando a confiança na economia brasileira.
O ministro diz que o Estado brasileiro impôs muitas "amarras" que elevaram o custo Brasil e reduziram a competitividade. O dirigente frisa que grupos de trabalho serão organizados pelo governo federal para desburocratizar processos e facilitar a vida dos empresários. O ministro não acredita que a interinidade do governo Michel Temer atrapalhe a realização de políticas públicas. "Mesmo que seja um governo interino, estamos trabalhando como se definitivo fosse e temos muita confiança no Senado, na República, que vamos ser, já, já, em agosto, o governo definitivo", prevê.