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Economia

- Publicada em 19 de Junho de 2016 às 17:17

Indústria quer ajuda para exportar mais

Entidade defende a desburocratização para as empresas exportadoras

Entidade defende a desburocratização para as empresas exportadoras


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai entregar hoje aos ministros das Relações Exteriores, José Serra, e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, uma série de propostas para uma recuperação mais consistente do comércio exterior, como uma forma de atenuar a crise no mercado interno brasileiro.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai entregar hoje aos ministros das Relações Exteriores, José Serra, e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, uma série de propostas para uma recuperação mais consistente do comércio exterior, como uma forma de atenuar a crise no mercado interno brasileiro.
Batizado de Agenda Internacional da Indústria 2016, o documento propõe medidas para a política comercial, como a busca de acordos com países de fora da América do Sul, apoio ao processo de internacionalização das empresas brasileiras e atração de investimentos.
"Com a retração do mercado interno brasileiro, há a necessidade de uma política comercial internacional mais forte", afirma o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Abijaodi. "Também precisamos trabalhar para que o País tenha ambiente confortável que permita atrair investimentos locais."
A agenda lista 32 países prioritários para negociações e acordos. A CNI defende, por exemplo, a conclusão de um acordo ambicioso, em termos de comércio e investimentos, entre Mercosul e União Europeia. Também sugere a definição de uma agenda de negociação com os Estados Unidos, por meio da elaboração de relatório de recomendações entre a CNI e sua contraparte norte-americana, a U.S. Chamber of Commerce.
Outra sugestão é o relançamento da agenda comercial e econômica da indústria no Mercosul e o apoio à atualização da agenda do multilateralismo comercial. "Também precisamos nos inserir nos países da Aliança do Pacífico", diz Abijaodi.
Entre as prioridades apontadas pela CNI também está a conclusão das negociações com o México e o estabelecimento futuro de livre-comércio com o país, assim como a promoção de novos negócios com a Argentina, hoje mais aberta e menos propensa a medidas restritivas.
A agenda que será entregue a Serra e Pereira também defende a desburocratização para as empresas exportadoras e estudos que identifiquem barreiras comerciais na China, na União Europeia e nos Estados Unidos.
"Essas barreiras são, muitas vezes, difíceis de identificar, mas podem ter um impacto significativo sobre as exportações e os investimentos brasileiros, além de poderem desestimular a entrada de novas empresas na atividade exportadora", informa o documento.
Boa parte das propostas colocadas no documento depende de ações governamentais, mas a CNI também se propõe a assessorar, prestar consultoria e capacitar empresas para atuar no comércio internacional por meio das entidades coligadas em todo o País.
O setor externo tem mostrado sinais de reação, embora os números positivos sejam mais influenciados pela queda das importações por causa da forte recessão que atinge a economia brasileira.
Em maio, as exportações brasileiras alcançaram US$ 17,5 bilhões e as importações, US$ 11,1 bilhões. No acumulado do ano, o saldo comercial está positivo em US$ 19,6 bilhões, número recorde para o período.
Para o ano todo, o governo projeta um saldo positivo entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões que, se concretizado, será o maior já registrado na história.
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