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Economia

- Publicada em 19 de Junho de 2016 às 22:12

Sicredi planeja R$ 6,1 bilhões em créditos para próxima safra

Agricultores se encontram mais capitalizados, diz Gerson Seefeld

Agricultores se encontram mais capitalizados, diz Gerson Seefeld


FREDY VIEIRA/JC
Guilherme Daroit
Responsável pela gestão do sistema no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o Sicredi Sul irá liberar R$ 6,1 bilhões em crédito rural para a safra 2016/2017. O valor é 7,9% maior do que o disponibilizado no ciclo anterior e será dividido entre linhas de custeio, comercialização e investimentos por meio de programas federais (R$ 4,85 bilhões), e linhas de investimentos via Bndes (R$ 1,25 bilhão). Pelo menos 90% do total de recursos deve ser destinado apenas ao Rio Grande do Sul, com o restante voltado ao estado vizinho.
Responsável pela gestão do sistema no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o Sicredi Sul irá liberar R$ 6,1 bilhões em crédito rural para a safra 2016/2017. O valor é 7,9% maior do que o disponibilizado no ciclo anterior e será dividido entre linhas de custeio, comercialização e investimentos por meio de programas federais (R$ 4,85 bilhões), e linhas de investimentos via Bndes (R$ 1,25 bilhão). Pelo menos 90% do total de recursos deve ser destinado apenas ao Rio Grande do Sul, com o restante voltado ao estado vizinho.
A expectativa é conseguir efetivar um valor próximo ao liberado. "Sabemos que há setores que podem ter demanda menor ou maior do que o esperado, e com isso sobre alguma parte do valor, mas recursos não vão faltar", afirma o diretor executivo do Sicredi Sul, Gerson Ricardo Seefeld. Na última safra, embora tenha liberado R$ 5,6 bilhões para os produtores, os empréstimos concretizados atingiram R$ 4,62 bilhões, com uma efetivação de cerca de 94% das linhas de custeio e de pouco mais de 70% do planejado para investimentos.
Seefeld ainda lembra que, como as últimas safras foram boas para os agricultores, os produtores se encontram mais capitalizados do que no passado recente, o que também pode diminuir o ímpeto por empréstimos. "Em momentos de turbulência econômica, percebemos que os produtores se tornam mais seletivos em relação aos investimentos, avaliando muito bem os mesmos", continua o diretor, que diz enxergar com bons olhos a situação. A inadimplência dos associados da instituição em operações de crédito rural está em 0,27%, taxa que não preocupa o diretor.
O Sicredi Sul projeta realizar mais de 130 mil operações na temporada, com empréstimos a pequenos, médios e grandes produtores. No País, onde atua em 11 estados, o sistema vai disponibilizar R$ 10,6 bilhões, com uma meta de 185 mil operações. Os recursos devem estar disponíveis, segundo Seefeld, a partir da segunda metade de julho, após a publicação das portarias que regem os programas federais de incentivo ao setor.
Como as regras já estão encaminhadas, a instituição anuncia juros que vão de 2,5% até 5,5% ao ano para as duas faixas do Pronaf, voltado à agricultura familiar. Para a agricultura empresarial, as taxas anuais de custeio aumentaram de 7,75% para 8,5% a quem se enquadra no Pronamp, voltado aos médios produtores, e de 8,75% para 9,5% aos demais. Para investimentos, as taxas subiram de 7,5% para 8,5%, e de 8,75% para 9,5%, respectivamente.
Seefeld relativiza os possíveis impactos do aumento nos juros, tabelados para todas as instituições, apostando que possam ser compensados pela antecipação da liberação dos recursos. "Acreditamos que o produtor está mais preocupado em receber o valor o quanto antes, o que permite que adquira sementes e insumos mais baratos no mercado", defende o diretor.
O Sicredi ainda aguarda a definição da equalização de recursos pela União, que complementa às instituições a diferença entre o custo de tomada e de empréstimo dos recursos controlados, para definir quanto poderá ser atendido pelos programas. Pelo menos dois terços do valor liberado é proveniente de captação pela caderneta de poupança.
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