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Mercado de Capitais

- Publicada em 16 de Junho de 2016 às 18:56

Ibovespa fecha em alta de 1,02%

A Bovespa teve uma sessão de recuperação e fechou em alta de 1,02%, nesta quinta-feira, aos 49.411 pontos, na máxima do dia. Pela manhã, a bolsa chegou a cair 1,73%, influenciada pelo mercado externo. O volume de negócios totalizou R$ 5,955 bilhões, próximo da fraca média diária de junho.
A Bovespa teve uma sessão de recuperação e fechou em alta de 1,02%, nesta quinta-feira, aos 49.411 pontos, na máxima do dia. Pela manhã, a bolsa chegou a cair 1,73%, influenciada pelo mercado externo. O volume de negócios totalizou R$ 5,955 bilhões, próximo da fraca média diária de junho.
O dia começou com aversão a risco e queda das bolsas de valores na Europa e Estados Unidos, contaminando também os mercados acionários de países emergentes. Incertezas quanto à política monetária dos EUA e sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia voltaram a determinar movimentos defensivos.
O cenário político trouxe cautela e o presidente em exercício, Michel Temer, se defendeu de acusações feitas em delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, oficializada ontem. Em discurso, Temer classificou as afirmações de "mentirosas" e "criminosas". Para analistas, o surgimento do nome de Temer na delação de Machado preocupa os investidores, mas não deve afetar a governabilidade. "O que veio à tona até o momento não é suficiente para inviabilizar o governo Temer", avalia Ignacio Crespo Rey, economista da Guide Investimentos.
A recuperação começou já no início da tarde, com as bolsas americanas reduzindo perdas. A Bovespa inverteu a tendência pouco depois das 13h, antes mesmo da virada em Wall Street. A reação veio por meio de ações de setores como siderurgia, financeiro e papel e celulose.
Entre os destaques do dia estiveram Copel PNB ( 4,25%), Suzano PNA ( 2,77%) e CSN ( 2,84%). As ações da Vale tiveram desempenhos diferentes, com Vale ON em alta de 1,53% e Vale PNA em baixa de 0,08%. O mesmo aconteceu com os papéis da Petrobras, com alta de 1,22% (ON) e baixa de 0,12% (PN).
No setor financeiro, Itaú Unibanco PN subiu 1,82%; Bradesco PN, 1,50%; Banco do Brasil ON, 0,55%; Santander unit, 1,86%; e BM&FBovespa ON, -0,37%.
Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, a maior queda ficou com JBS ON, que recuou 2,66%. A empresa foi citada na delação de Sérgio Machado e estaria relacionada a uma propina de R$ 40 milhões que teria sido paga a senadores da bancada peemedebista. Em nota, a JBS afirmou que as doações para campanhas eleitorais foram realizadas de acordo com as regulamentações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "A empresa esclarece que o seu diretor de Relações Institucionais não participou de nenhuma reunião e lamenta que mais uma vez a empresa esteja envolvida em acusações que agridem, de forma infundada, sua imagem, marcas, reputação e conduta ética", escreveu na nota.
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Dólar à vista registra baixa de 0,17%, cotado a R$ 3,4654

 Foto: Marcos Santos/USP Imagens      DINHEIRO,  DÓLAR

Foto: Marcos Santos/USP Imagens DINHEIRO, DÓLAR


MARCOS SANTOS/USP IMAGENS/IMAGENS PUBLICAS/DIVULGAÇÃO/JC
Após uma tarde de volatilidade, o dólar fechou em baixa ante o real nesta quinta-feira, em linha com o viés negativo do Dollar Index. A moeda norte-americana encerrou pela terceira sessão seguida com perdas, de 0,17%, aos R$ 3,4654 no mercado à vista, depois de passar a manhã no positivo. O volume movimentado somou cerca de US$ 1,404 bilhão.
O ambiente de negócios melhorou no exterior, com alta nos mercados acionários de Nova Iorque, após o fechamento das bolsas europeias. Segundo operadores de câmbio, a saída dos investidores da Europa abriu caminho para redução da aversão ao risco decorrente de preocupações com uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia. Com os temores minimizados, foi observada alguma cobertura de posições por parte daqueles excessivamente vendidos.
O assassinato da deputada britânica Jo Cox, no Norte da Inglaterra, pela manhã, repercutiu nos mercados. Ela era contrária à saída do Reino Unido da União Europeia. As atividades da campanha eleitoral para o referendo na próxima semana foram suspensas por ambos os grupos - favoráveis e contra o Brexit. Diante do ataque e seus desdobramentos, a libra inverteu a tendência de queda e passou a subir ante o dólar, mantendo o sinal no fim da tarde.
Também pesaram no dólar as perspectivas de que o Federal Reserve poderá demorar para elevar os juros nos EUA. O operador Cleber Alessie Machado, da H.Commcor DTVM, ressaltou que há espaço para o dólar cair ante o real. No entanto, as preocupações em torno do Brexit limitam o enfraquecimento do dólar.
Internamente, o cenário político continuou em segundo plano. Por enquanto, na visão do especialista da H.Commcor, as citações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado sobre o presidente em exercício Michel Temer não são suficientes para desencadear uma mudança de governo.