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- Publicada em 13 de Junho de 2016 às 19:48

Novo presidente do BC afirma que perseguirá centro da meta

 eco posse no BC crédito Fábio Rodrigues Pozzebom Agência Brasil

eco posse no BC crédito Fábio Rodrigues Pozzebom Agência Brasil


FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR/DIVULGAÇÃO/JC
O novo presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, defendeu, durante cerimônia de sua posse, o regime de metas para a inflação e afirmou que irá perseguir o centro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). De acordo com ele, os limites de tolerância a esse alvo central devem ser utilizados apenas para acomodar choques inesperados na dinâmica de preços.
O novo presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, defendeu, durante cerimônia de sua posse, o regime de metas para a inflação e afirmou que irá perseguir o centro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). De acordo com ele, os limites de tolerância a esse alvo central devem ser utilizados apenas para acomodar choques inesperados na dinâmica de preços.
"Terei como objetivo cumprir plenamente a meta de inflação determinada pelo CMN, mirando o seu ponto central. Os limites de tolerância servem para acomodar choques imprevistos que não permitam retorno ao centro da meta em tempo hábil", discursou. "O único alvo a ser perseguido é o centro do intervalo", enfatizou.
Goldfajn avaliou ainda que é importante realizar um trabalho de gerenciamento de expectativas que indique no presente a convergência para o centro da meta em um futuro não muito distante. "É relevante que a trajetória de convergência seja ao mesmo tempo desafiadora e crível. A comunicação do BC com a sociedade precisa ser simples, direta e concisa. A comunicação precisa também deixar claras as condições necessárias para as perspectivas apresentadas", completou.
O País adota o regime de metas de inflação desde 1999 e o novo presidente do BC lembrou de sua passagem pela instituição entre 2000 e 2003, período em que ocupou a diretoria de Política Econômica. "Participei da implementação do regime no País e conheço não só seu princípio, como o seu funcionamento. O regime de metas de inflação é um robusto arcabouço de política monetária que já provou sua eficácia mesmo em cenários de estresse no Brasil e no mundo", acrescentou.
Goldfajn avaliou que assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda, mantendo a inflação baixa e estável, cria condições para a recuperação do crescimento sustentável necessário para o progresso social do País. "Inflação baixa é um bem público da maior relevância que foi conquistado pelo País há 20 anos. Ninguém quer de volta ou admite retorno a um período de inflação alta", afirmou.
Para o novo presidente do BC, não há crescimento sustentável e bem-estar social duradouro sem uma inflação baixa e estável. "A literatura econômica já refutou o falacioso dilema entre inflação baixa e crescimento econômico. Uma inflação alta desorganiza a economia e inibe o investimento e o consumo. A sociedade é mais justa com um menor imposto inflacionário", concluiu.
Goldfajn disse que trabalhará para aprimorar a atuação de supervisão do BC de forma a garantir que o sistema financeiro continue sólido e bem capitalizado. Também disse que se esforçará para corrigir distorções e melhorar a eficiência do sistema bancário, com a simplificação de regras.
"Vamos aprimorar continuamente a regulação e fiscalização para bancos públicos e privados", disse. O novo presidente do BC repetiu a análise que fez do cenário internacional na sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. "O período de ventos favoráveis na economia global ficou no passado e a era de juros nulos ou negativos está perto de seu fim, pelo menos nos EUA", disse.
Sobre a economia nacional, disse que a situação econômica exige grande atenção. "Atravessamos a pior recessão da história brasileira, com desemprego em alta e relevante desafio fiscal", discursou. "A incerteza econômica paralisou o investimento e sequestrou a esperança de muitos", completou. Ele afirmou ter "absoluta confiança" na reversão do atual quadro interno.
 

Instituição contará com quatro novos diretores

O novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, pretende trocar quatro diretores da instituição e ampliar o número de integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão responsável pelas decisões sobre a taxa básica de juros, de oito para nove pessoas.
Os novos indicados são Carlos Viana de Carvalho, para a diretoria de Política Econômica; Reinaldo Le Grazie, para Política Monetária; Tiago Couto Berriel, para Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos; e Isaac Sidney Menezes Ferreira, atual procurador do BC, para a diretoria de Relacionamento Institucional e Cidadania. Deixam o BC os atuais diretores Altamir Lopes, Tony Volpon e Aldo Mendes. O servidor de carreira Luiz Edson Feltrim aceitou continuar como diretor de Administração, mas não irá mais acumular a área de Relacionamento Institucional e Cidadania. Também continuam no BC os servidores Anthero de Moraes Meirelles, diretor de Fiscalização; e Sidnei Corrêa Marques, diretor de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural.