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Economia

- Publicada em 13 de Junho de 2016 às 19:22

Meirelles busca apoio para reduzir gastos

 The Finance Minister in Brazil's interim government, Henrique Meirelles, speaks during the Economic Forum at the Brazil-France Chamber of Commerce in Sao Paulo, Brazil, on May 30, 2016. / AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA

The Finance Minister in Brazil's interim government, Henrique Meirelles, speaks during the Economic Forum at the Brazil-France Chamber of Commerce in Sao Paulo, Brazil, on May 30, 2016. / AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA


NELSON ALMEIDA/AFP/JC
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, iniciou discurso na cerimônia de posse do novo presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfain, reforçando o pedido ao Congresso Nacional para a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que criará um teto para o crescimento dos gastos públicos federais. Ele informou que a proposta deve ser levada ao Parlamento amanhã, e destacou que a medida terá caráter temporário.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, iniciou discurso na cerimônia de posse do novo presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfain, reforçando o pedido ao Congresso Nacional para a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que criará um teto para o crescimento dos gastos públicos federais. Ele informou que a proposta deve ser levada ao Parlamento amanhã, e destacou que a medida terá caráter temporário.
"Não se pode subestimar a importância do que será proposto ao Congresso. A fixação do teto, se for aprovada, conseguirá reduzir de forma progressiva e permanente a percepção de risco", avaliou.
Para Meirelles, as medidas propostas, que restringem o crescimento das despesas federais à variação da inflação do ano anterior, contribuirão para redução estrutural dos prêmios de risco, abrindo espaço para que o controle da inflação possa ser feito em padrões mais próximos aos de outras economias. "Se, em outros anos, a política fiscal prejudicou o combate à inflação por seu caráter expansionista, agora será ao contrário. Mas nosso programa fiscal precisa ser aprovado pelo Congresso", completou.
Se inicialmente o ministro defendia a adoção de um teto permanente para o gasto, Meirelles falou ontem claramente que as medidas serão adotadas "pelo tempo que for necessário". O ministro voltou a dizer que o País vive o desafio de estancar o processo de deterioração da economia, que precisa retornar para uma trajetória de crescimento.
"Não será uma tarefa fácil. Há muito o que fazer, mas temos a confiança de que diagnósticos apropriados e medidas corretivas aplicadas pelo tempo que se fizer necessário irão restaurar a confiança dos agentes nas contas públicas e permitirão que a economia ingresse em um novo ciclo de crescimento sustentável", discursou.
Batendo na tecla de que a prioridade do governo é a busca pela sustentabilidade fiscal, Meirelles disse que a equipe econômica está construindo um novo arcabouço institucional para reverter a trajetória de crescimento da dívida pública. "O compromisso com a responsabilidade fiscal reduzirá a percepção de risco do País e permitirá ocupar a ociosidade que existe hoje na economia", previu.
Para ele, persistir na trajetória de aumentos elevados para o gasto não é uma opção. Meirelles criticou o governo passado ao dizer que os problemas fiscais não podem ser resolvidos com subterfúgios, como adiamento de pagamento de despesas, conhecidos como "pedaladas fiscais". Segundo o ministro, esse tipo de artifício parte de um diagnóstico equivocado e acentua desequilíbrios. "Não temos esse direito. Nos últimos anos, vivemos a ilusão de que seria sempre possível gastar mais transferindo a conta para o futuro. Esse futuro está chegando, e é essa realidade que temos que confrontar o quanto antes", completou.
Lembrando que não há soluções fáceis, Meirelles voltou a dizer que os desequilíbrios da economia não serão imediatamente revertidos. De acordo com o ministro, é preciso mostrar aos agentes econômicos que as medidas estão na direção certa, para que essas ações sejam entendidas pela sociedade.
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