Santa Catarina pode receber carvão de Charqueadas

Durante reunião realizada ontem em Brasília, no Ministério de Minas e Energia, foi apresentada uma proposta para minimizar os impactos da interrupção da operação da termelétrica de Charqueadas, anunciada pela Tractebel para agosto. A ideia, já discutida entre a companhia e a Copelmi (fornecedora do carvão), seria manter o contrato de compra da usina gaúcha (cota mensal de 28.866 toneladas do mineral), pelo menos até o final do ano, mas utilizar o combustível no complexo térmico de Jorge Lacerda, localizado em Santa Catarina.

O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, detalha que as empresas concordam com a iniciativa, contudo, para a ação ser viável, é necessário que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permita a transferência do subsídio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) da unidade de Charqueadas para a catarinense. Outra possibilidade de prorrogação do funcionamento da termelétrica da Região Metropolitana de Porto Alegre, conforme o secretário, consiste em simplesmente a Aneel determinar que a usina continue operando até o fim de dezembro. Redecker informa que essas questões deverão ser debatidas pelo órgão regulador em reunião a ser realizada em 28 de junho.

Quanto a estratégias de longo prazo, o secretário comenta que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, apreciou a sugestão da realização de leilões regionais de energia. A medida permitiria que fosse feita uma concorrência para a implantação de uma usina com local pré-determinado como, por exemplo, a Região Carbonífera do Rio Grande do Sul.