Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 12 de Junho de 2016 às 19:37

PIB per capita retorna ao patamar de 2011

Melhorar a qualidade da educação, elevar investimentos e produtividade são desafios

Melhorar a qualidade da educação, elevar investimentos e produtividade são desafios


FREDY VIEIRA/JC
A atual crise econômica parece ter reforçado ainda mais a armadilha da renda média que prende o Brasil. Com a pior recessão desde a década de 1930, pelo menos, o empobrecimento do País deve levar o Produto Interno Bruto (PIB) per capita ao mesmo patamar de cinco anos atrás. Os recentes dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que o PIB per capita deverá encolher para US$ 15 mil em 2016. Em 2011, era de US$ 15,1 mil.
A atual crise econômica parece ter reforçado ainda mais a armadilha da renda média que prende o Brasil. Com a pior recessão desde a década de 1930, pelo menos, o empobrecimento do País deve levar o Produto Interno Bruto (PIB) per capita ao mesmo patamar de cinco anos atrás. Os recentes dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que o PIB per capita deverá encolher para US$ 15 mil em 2016. Em 2011, era de US$ 15,1 mil.
A crise atual marca uma inversão de tendência. Embora o País tenha enfrentado turbulências internacionais ao longo dos anos, sempre conseguiu manter um avanço da renda. No auge, em 2014, o PIB per capita brasileiro chegou a US$ 16,2 mil. A previsão atual é que esse patamar só seja superado novamente em 2020. Dessa forma, a economia brasileira deverá ficar um bom tempo estagnada na atual década. Os dados do FMI foram calculados em Paridade do Poder de Compra (PPC). Ou seja: leva em conta não o valor nominal da moeda local em relação ao dólar, mas quanto ela pode comprar, o que torna possível a comparação entre os países. Dessa forma, mais preocupante do que a queda da renda do brasileiro passa a ser a comparação com outras economias.
Neste ano, segundo o fundo, o PIB per capita da China será de US$ 15,1 mil e ultrapassará o brasileiro pela primeira vez. Nos Estados Unidos, por exemplo, a cifra chega a US$ 57,2 mil. O caminho do Brasil para voltar a crescer e, consequentemente, enriquecer, passa por três desafios, segundo economistas. Nos próximos anos, será preciso elevar a taxa de investimento, melhorar a qualidade da educação e, numa combinação desses dois desafios, aumentar a produtividade.
"Para o aumento da produtividade entram questões mais estruturais, como a melhora de ambiente de negócios, que passa por regulação, desburocratização, melhora do sistema tributário e abertura de economia", diz Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria Integrada.
Para a Tendências, quando se calcula o PIB per capita sem eliminar os efeitos do câmbio, o futuro brasileiro será ainda mais pobre. Em 2026, a renda média será de
US$ 10.736. O entrave começa a surgir quando são analisados todos os fatores que podem contribuir para o aumento do PIB per capita. O investimento está em queda. Na educação, o Brasil figura nas últimas posições dos rankings internacionais e os indicadores nacionais ainda não apontam para uma melhora consistente. Por fim, a produtividade também está em queda.
"Uma análise de todos os setores da economia nos últimos anos mostra que só houve aumento da produtividade na agricultura por causa da adoção de novas tecnologias e pesquisas", diz Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas (CPP). "Na indústria, a produtividade está estagnada e, no setor de serviços, está em queda", diz. Nas últimas décadas, a produtividade da economia brasileira só cresceu de forma mais consistente entre as décadas de 1960 e 1980, quando boa parte dos brasileiros trocou o trabalho agrário pelo industrial", afirma Menezes Filho.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO