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Economia

- Publicada em 12 de Junho de 2016 às 21:47

Caem as vendas do Dia dos Namorados no Rio Grande do Sul

Em Porto Alegre, CDL e Sindilojas estão otimistas e preveem resultado positivo sobre o do ano passado

Em Porto Alegre, CDL e Sindilojas estão otimistas e preveem resultado positivo sobre o do ano passado


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jefferson Klein
A crise econômica impactou uma das principais datas do varejo: o Dia dos Namorados. A Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV) e a Fecomércio-RS calculam uma retração das vendas relacionadas à celebração neste ano no Estado, em relação a 2015. Em compensação, se for levado em conta apenas o desempenho do comércio na Capital, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA) e o Sindilojas Porto Alegre apontam crescimento.
A crise econômica impactou uma das principais datas do varejo: o Dia dos Namorados. A Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV) e a Fecomércio-RS calculam uma retração das vendas relacionadas à celebração neste ano no Estado, em relação a 2015. Em compensação, se for levado em conta apenas o desempenho do comércio na Capital, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA) e o Sindilojas Porto Alegre apontam crescimento.
O presidente da AGV, Vilson Noer, lembra que a expectativa inicial era que o Dia dos Namorados deste ano movimentasse em torno de R$ 345 milhões no comércio gaúcho, valor semelhante ao registrado em 2015. No entanto, a previsão foi revista e a atual estimativa é de um resultado de cerca de R$ 338 milhões. Noer explica que a crise econômica gera um clima de incerteza no consumidor. "Ele não deixa de comprar, mas opta por produtos mais baratos", detalha. O presidente da AGV informa que o tíquete médio dos presentes neste Dia dos Namorados ficou entre R$ 80,00 e R$ 95,00. Entre os itens que tiveram grande procura estavam roupas, cosméticos, sapatos e livros.
Já conforme a pesquisa Namorados 2016, realizada pela Fecomércio-RS, os gaúchos planejavam desembolsar R$ 129,44, em média, para a compra de presentes. Ainda segundo dados da Fecomércio-RS, as vendas do varejo gaúcho para o Dia dos Namorados devem apresentar uma queda real entre 3,5% e 4,5% em relação à mesma data do ano passado. O presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn, argumenta que se as temperaturas estivessem mais elevadas, o desempenho seria ainda pior. Bohn salienta que uma das classes mais afetadas com a crise econômica e o aumento dos índices de desemprego é a classe média e isso acaba afetando o poder aquisitivo dessas pessoas.
Tentando atenuar os reflexos da crise e atrair clientes, alguns estabelecimentos adotaram estratégias promocionais. O Shopping Total, por exemplo, realizou a campanha Toda Forma de Amor. Com R$ 100,00 em compras, o cliente trocava sua nota por um cupom e concorria a R$ 50 mil em prêmios. A iniciativa começou em 28 de abril e durou até ontem, abrangendo os dias das Mães e dos Namorados. Apesar dos apelos dos centros comerciais, não foram todos que se comoveram com a data e resolveram marcar o momento com presentes, como foi o caso da criadora de gatos Juliana Hausen e do programador Daniel Krug. "Nem lembrei que era Dia dos Namorados", admite Juliana. Já o casal de estudantes Gabriel Monteiro e Camila Ferreira decidiram trocar presentes. Enquanto ele ganhou um perfume e uma calça, ela recebeu botas. Perfume foi um dos artigos que registraram boas vendas neste ano. O vendedor da loja Lado Z Anderson Soares calcula um incremento de 15% na comercialização do produto.
Se no Estado como um todo as vendas vinculadas ao Dia dos Namorados deixaram a desejar, na Capital o resultado foi positivo. O presidente da CDL-POA, Alcides Debus, considerou como bom o desempenho. Sem ter ainda um número consolidado quanto à movimentação, Debus ressalta que um indicativo da performance são os primeiros dias do mês de junho que apresentaram um acréscimo na comercialização de 10% a 12%, em relação ao mesmo período do ano passado. O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, confirma as impressões de Debus. O dirigente diz que a expectativa inicial era de uma queda de 2% nas vendas, contudo o frio ajudou e a estimativa agora é de um crescimento de 12%. Kruse acredita que, permanecendo as baixas temperaturas, o comércio na Capital continuará com desempenho satisfatório no mês.
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