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Economia

- Publicada em 08 de Junho de 2016 às 20:26

Copom mantém taxa de juros em 14,25% ao ano

A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) com a participação de Alexandre Tombini como presidente do Banco Central (BC) apresentou tudo dentro do script previsto pelo mercado financeiro. Os juros básicos foram mantidos em 14,25% ao ano em uma decisão unânime. Com isso, Tombini entrega a Selic no maior patamar de toda sua gestão, em um dos piores momentos da história da economia brasileira, como definiu esta semana o futuro presidente da instituição. O atual comandante do BC chegou a administrar uma taxa de 7,25% ao ano de outubro de 2013 a março de 2013, o que foi alvo de muitas críticas, pois especialistas argumentavam que o Brasil não tinha condições econômicas para apresentar juros nesse patamar.
A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) com a participação de Alexandre Tombini como presidente do Banco Central (BC) apresentou tudo dentro do script previsto pelo mercado financeiro. Os juros básicos foram mantidos em 14,25% ao ano em uma decisão unânime. Com isso, Tombini entrega a Selic no maior patamar de toda sua gestão, em um dos piores momentos da história da economia brasileira, como definiu esta semana o futuro presidente da instituição. O atual comandante do BC chegou a administrar uma taxa de 7,25% ao ano de outubro de 2013 a março de 2013, o que foi alvo de muitas críticas, pois especialistas argumentavam que o Brasil não tinha condições econômicas para apresentar juros nesse patamar.
O comunicado sobre a decisão foi idêntico ao anterior, de abril. De acordo com o BC, o nível elevado da inflação em 12 meses e as expectativas distantes dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para a flexibilização da política monetária. Ao mesmo tempo, o comitê reconhece os avanços na política de combate à inflação.
Mais detalhes sobre o que levou os diretores a definirem pela estabilidade serão conhecidos na ata da reunião que a instituição divulgará no dia 16. O próximo encontro, marcado para 19 e 20 de julho, já será coordenado pelo economista Ilan Goldfajn, que recebeu na terça-feira aval do Senado para comandar a instituição.
Na sabatina feita por parlamentares, o então executivo do setor financeiro defendeu de forma veemente o regime de câmbio flutuante e o ajuste das contas públicas e prometeu entregar a inflação na meta mesmo sem indicar prazos. Nas palavras de Goldfajn: "O velho e bom tripé macroeconômico". Se levar o IPCA para perto de 4,50%, conseguirá um feito que o atual presidente não conseguiu entregar em nenhum ano à frente da autarquia.
Na "era Tombini", que é membro do Copom há exatamente 11 anos, o índice mais baixo foi em 2012, de 5,84%. Este ano, inclusive, teve de justificar formalmente o estouro do teto da meta de 6,50% do ano passado, já que o IPCA chegou a 10,67%. Em parte, a tarefa de apresentar índices mais baixos foi prejudicada pela própria percepção do mercado de que a cúpula do BC toma decisões de acordo com as diretrizes do Palácio do Planalto. A credibilidade da instituição foi colocada em xeque em vários momentos e chegou a ser um dos grandes temas de debate na campanha que reelegeu a presidente Dilma Rousseff.
O que se espera a partir de agora é que o Copom mude seu modo de agir. A de ontem a sétima vez consecutiva em que o patamar dos juros é mantido, já teve de levar em conta que o IPCA de maio subiu 0,78%, acima das expectativas, e que o dólar derreteu, fechando a
R$ 3,3689, o menor patamar desde 29 de julho do ano passado. Esse comportamento, argumentaram operadores, se deveu justamente à defesa do câmbio flutuante feita na véspera por Goldfajn.
 
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