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Economia

- Publicada em 06 de Junho de 2016 às 21:57

Usina de Charqueadas deixa de receber carvão

Camilo alerta para as demissões devido à medida

Camilo alerta para as demissões devido à medida


ANTONIO PAZ/JC
Jefferson Klein
Apesar dos pedidos de trabalhadores, políticos da Região Carbonífera e de integrantes do governo do Estado para que a Tractebel estenda, pelo menos, até o final do ano, a atividade da usina de Charqueadas, a empresa dá, cada vez mais, indícios que vai cumprir o que anunciou: desativar a térmica no dia 31 de agosto. O presidente do Sindicato dos Mineiros do Rio Grande do Sul, Oniro Camilo, informa que, desde a quarta-feira passada, o complexo não está recebendo mais carvão (que era fornecido pela Copelmi).
Apesar dos pedidos de trabalhadores, políticos da Região Carbonífera e de integrantes do governo do Estado para que a Tractebel estenda, pelo menos, até o final do ano, a atividade da usina de Charqueadas, a empresa dá, cada vez mais, indícios que vai cumprir o que anunciou: desativar a térmica no dia 31 de agosto. O presidente do Sindicato dos Mineiros do Rio Grande do Sul, Oniro Camilo, informa que, desde a quarta-feira passada, o complexo não está recebendo mais carvão (que era fornecido pela Copelmi).
Apesar do encaminhamento que está sendo dado para a situação, o dirigente ainda não desistiu de buscar uma solução para evitar que o fim da atividade da termelétrica gere, segundo Camilo, em torno de 2,4 mil demissões na cadeia produtiva. Dentro deste contexto, amanhã haverá uma reunião na Secretaria Estadual de Minas e Energia, na qual deverão estar presentes empresários, políticos e sindicalistas para debater o tema. "A ideia é conseguir um encontro com o governador José Ivo Sartori para que ele abrace a região e vá junto conosco discutir a questão com o presidente interino Michel Temer", destaca Camilo.
O dirigente antecipa que uma proposta que será defendida é a promoção de leilões regionais de energia, com o objetivo de possibilitar a instalação de uma termelétrica de cerca de 350 MW de capacidade (que representa um pouco menos do que 10% da demanda média de eletricidade do Rio Grande do Sul) na Região Carbonífera. Os leilões são mecanismos instituídos pelo governo federal em que os projetos mais competitivos vendem energia e podem, consequentemente, sair do papel. Atualmente, os empreendimentos concorrem entre si independentemente do local em que serão implementados.
O vereador de São Jerônimo e presidente da Associação das Câmaras de Vereadores da Região Carbonífera (Acverc), Rodrigo D. Marcolin (PSDB), acrescenta que outra alternativa, que poderia ser viabilizada mais rapidamente, é a construção de pequenas usinas, com cerca de 20 MW, perto das minas. Esse plano foi trabalhado há alguns anos pelo governo do Estado e Marcolin defende que a iniciativa precisa ser retomada.
Buscando opções para gerar emprego na região, Camilo e Marcolin reuniram-se ontem com o cônsul adjunto da Argentina Alejandro Ocampo. Além da promoção do setor do carvão, a intenção é divulgar outros segmentos econômicos, como, por exemplo, o de turismo, produção de leite e argila.
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