No último domingo, o Dmae abriu um enorme buraco na rua Marcelo Gama esquina com a rua Corcovado, visando consertar um vazamento. Até aí, nenhuma novidade, pois esta é uma das funções do Departamento Municipal de Água e Esgotos. O inusitado é que a retroescavadeira, ao executar a abertura do buraco, conseguiu arrebentar a fiação da energia, causando um estouro no gerador, cujas consequências foram a falta de energia elétrica e a danificação de alguns eletrodomésticos de residentes. Ao falarmos com o responsável pela obra, fomos informados que "acidentes acontecem". Esta é a "competência" do Dmae. (Fernando Ferrari Filho, Porto Alegre)
Concessão do aeroporto
Sobre o texto
Privatização do Salgado Filho entra em debate (
Jornal do Comércio, 03/06/2016), creio que a tomada de decisão para a concessão do aeroporto não está amparada em estudo técnico consistente e devidamente fundamentado, pois certamente iria apontar que é mais vantajoso para o erário e para a sociedade a manutenção da Infraero na sua administração. Todas as justificativas para a concessão são controversas.
(Alberto Silva, Porto Alegre)
Governo Temer
A julgar pela extinção e recriação do Ministério da Cultura para atender a uma classe por natureza muito visível e barulhenta, e conceder aumento salarial ao funcionalismo federal para aplacar as pressões dos sindicatos e associações de funcionários, o governo Michel Temer (PMDB) parece andar a reboque dos acontecimentos. Como não é prudente esperar milagres em economia e o governo sinaliza que não vai conseguir fazer cortes significativos de gastos, as alternativas restantes para equilibrar as contas públicas serão o aumento de impostos e a inflação. (Darlei Worm Jr.)
Pinhão
Trato da matéria
Safra de pinhão tem mais um ano de quebra (
Jornal do Comércio, 30/05/2016), na qual a Emater, apesar de reconhecer que o aquecimento global reduziu a safra do pinhão, defende a antecipação da colheita, o que reduziria ainda mais a produção. Outra proposta é o foco da Embrapa Florestas no "melhoramento das plantas", reduzindo seu porte. Ora, processos naturais aperfeiçoam-se ao longo de milhões de anos, portanto "melhoramento" produzido em laboratório não passa de tentativa de legitimar discurso político que está comprometendo a continuidade da vida no planeta. Um dos técnicos chega a afirmar que culturas nativas não serão mais rentáveis. Ora, isso revela o desconhecimento de fato notório, qual seja, os preços de produtos orgânicos, sempre superiores, algumas vezes chegam a custar o dobro dos produtos nos quais os produtores utilizam venenos na produção, bem como os transgênicos. Isto a ponto de haver iniciativas da bancada parlamentar que defende interesses de produtores que produzem alimentos transgênicos para retirar o símbolo da embalagem que identifica produtos como tais.
(Paulo Roberto Chedid)