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JC Logística

- Publicada em 30 de Junho de 2016 às 20:58

Sindicato do ABC anuncia pedido de falência da Karmann Ghia

Carro esportivo que deu nome à indústria se tornou o símbolo de uma época no Brasil

Carro esportivo que deu nome à indústria se tornou o símbolo de uma época no Brasil


ANTONIO PAZ/JC
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC anunciou que vai entrar na Justiça, nos próximos dias, com pedido de falência da Karmann Ghia, empresa de São Bernardo do Campo que, no passado, produziu o lendário esportivo Karmann Guia, até hoje um objeto de desejo de colecionadores e amantes de carros clássicos. Atualmente, a empresa produz autopeças para diversas montadoras. A intenção da entidade é garantir que os 380 trabalhadores tenham prioridade em receber dívidas em caso de venda do patrimônio.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC anunciou que vai entrar na Justiça, nos próximos dias, com pedido de falência da Karmann Ghia, empresa de São Bernardo do Campo que, no passado, produziu o lendário esportivo Karmann Guia, até hoje um objeto de desejo de colecionadores e amantes de carros clássicos. Atualmente, a empresa produz autopeças para diversas montadoras. A intenção da entidade é garantir que os 380 trabalhadores tenham prioridade em receber dívidas em caso de venda do patrimônio.
Segundo o presidente do sindicato, Rafael Marques da Silva, a empresa está "abandonada" há vários meses. Os salários não são pagos desde dezembro, assim como rescisões de trabalhadores demitidos em 2015. Representantes da empresa não foram localizados para comentar o assunto. Um grupo de trabalhadores está acampado na fábrica há 48 dias. Segundo Marques, a intenção é evitar que equipamentos sejam retirados do local. A Justiça já recebeu outros três pedidos de falência de fornecedores da empresa.
"Estamos certos de que a abertura do processo de falência é a única forma de garantir os direitos dos trabalhadores do ponto de vista legal. O interesse maior é que a empresa continue viva", disse Marques. A Karmann Ghia está no Brasil desde os anos 1960. A partir de 2008, quando a família alemã Karmann saiu do negócio, já passou por quatro ou cinco proprietários. As atividades da indústria estão paralisadas em razão de uma briga judicial entre o dono atual e o anterior.
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