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Transportes

- Publicada em 17 de Junho de 2016 às 17:40

CNT divulga informações para orientar as políticas do setor

 Retorno do feriadão de final de ano. A rodovia Freeway recebeu grande movimento durante o dia. Motoristas não tiveram problemas para retornar a capital.    Na foto: Freeway no sentido litoral para capital próximo a entrada para a BR 116 rumo Canoas.

Retorno do feriadão de final de ano. A rodovia Freeway recebeu grande movimento durante o dia. Motoristas não tiveram problemas para retornar a capital. Na foto: Freeway no sentido litoral para capital próximo a entrada para a BR 116 rumo Canoas.


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Nos últimos 15 anos, conforme o levantamento da CNT, as rodovias pavimentadas cresceram 23,2% no Brasil, uma média de apenas 1,5% ao ano. Enquanto, em 2001, o País possuía 170,9 mil quilômetros com pavimento (9,8% do total); em 2015, esse número chegou a 210,6 mil quilômetros (12,2% do total). O crescimento foi somente de 39,7 mil quilômetros, para um tipo de transporte que corresponde a mais de 60% das movimentações de carga e a mais de 90% de passageiros.
Nos últimos 15 anos, conforme o levantamento da CNT, as rodovias pavimentadas cresceram 23,2% no Brasil, uma média de apenas 1,5% ao ano. Enquanto, em 2001, o País possuía 170,9 mil quilômetros com pavimento (9,8% do total); em 2015, esse número chegou a 210,6 mil quilômetros (12,2% do total). O crescimento foi somente de 39,7 mil quilômetros, para um tipo de transporte que corresponde a mais de 60% das movimentações de carga e a mais de 90% de passageiros.
O investimento em infraestrutura foi baixo, e a frota de veículos aumentou 184,2% no período. De acordo com a CNT, os estados com maior malha pavimentada em 2015 são Minas Gerais (25.823,9 quilômetros), São Paulo (24.976,6 quilômetros), Paraná (19.574,1 quilômetros), Bahia (15.910,7 quilômetros) e Goiás (12.760,6 quilômetros). Já aqueles que têm menor malha pavimentada são Amazonas (2.157,0 quilômetros), Acre (1.498,2 quilômetros), Roraima (1.462,8 quilômetros), Distrito Federal (908,0 quilômetros) e Amapá (528,1 quilômetros).
Segundo a pesquisa de 2015, 48,6% do pavimento da extensão avaliada apresenta problemas, tendo classificação regular, ruim ou péssimo. Em relação às condições gerais dos trechos (que incluem também sinalização e geometria), o percentual de rodovias com algum tipo de problema foi de 57,3%. A CNT avalia toda malha federal pavimentada e os principais trechos das malhas estaduais.
A quantidade de motocicletas no Brasil cresceu expressivamente em 15 anos: 402,2%. Em números absolutos, durante o ano passado, foram registradas 20,2 milhões de unidades e, em 2001, 4,0 milhões. Segundo o Anuário, o aumento é significativo, uma vez que representa o triplo do incremento dos automóveis registrados no período, 134,6%. No Brasil, havia 49,8 milhões de automóveis, em 2015, contra 21,2 milhões, em 2001. Durante os últimos 15 anos, o número de ônibus cresceu 115,5%, enquanto o de caminhões teve acréscimo de 81,7%. Ainda segundo o Anuário, o número total de veículos no Brasil chegou a 90,7 milhões em 2015 ante 31,9 milhões em 2001, incremento de 184,2%.
Os dados divulgados incluem automóveis, bondes, caminhões, caminhões trator, caminhonetes, camionetas, chassis plataforma, ciclomotores, micro-ônibus, motocicletas, ônibus, quadriciclos, reboques, semirreboques, sidecars, tratores esteira, tratores rodas, triciclos, utilitários e outros. Os números também indicam que a região com mais veículos é a Sudeste, com 44,4 milhões de unidades. Em seguida, aparece o Sul, com 18,0 milhões; seguido do Nordeste, com 15,2 milhões; do Centro-Oeste, com 8,4 milhões; e, por último, o Norte, com 4,6 milhões.

Média de idade da frota de ônibus urbanos cai para 4,7 anos

Transporte coletivo melhorou com a operação de veículos mais novos

Transporte coletivo melhorou com a operação de veículos mais novos


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O Anuário revela que os ônibus urbanos estão mais novos. A média de idade da frota caiu de 5,1 anos, em 2001, para 4,7 anos, em 2014. Com ônibus mais novos, aumenta a segurança e a qualidade do serviço prestado aos usuários. Em relação à movimentação, o Anuário mostra que o número de passageiros cresceu nos últimos anos, porém a uma taxa de apenas 1,8% ao ano, no período de 2001 a 2014.
Os ônibus movimentaram, em média, 400,8 milhões de passageiros por mês em 2014. O Anuário possui ainda dados sobre o transporte rodoviário semiurbano, interestadual e internacional de passageiros, bem como a quantidade de empresas e veículos e a média de idade da respectiva frota.
O Brasil fabricou 83,6% dos veículos dos países do Mercosul em 2014, o equivalente a 3,1 milhões de unidades. Os outros 16,4%, ou 617,3 mil unidades, foram fabricados na Argentina. A maior parte da produção nacional foi de automóveis, com 2,5 milhões. Comerciais leves, caminhões e ônibus também foram produzidos, porém em menor quantidade (644,1 mil unidades).
Em relação à América Latina, em 2014, o Brasil ficou em segundo lugar na produção de veículos (3,1 milhões produzidos) só perdendo para o México, com 3,4 milhões de unidades. Argentina, Equador e Venezuela aparecem em seguida. O Anuário também traça um comparativo com outros países. Mundialmente, o Brasil estava, em 2014, em oitavo lugar na produção veicular, perdendo para China, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Coreia do Sul, Índia e México, mas ficando à frente, por exemplo, de Espanha, Canadá e Rússia.
A produção de locomotivas cresceu 61,3% entre 2014 e 2015. Foi o melhor resultado para o segmento em 15 anos, atingindo volume recorde. Ao todo, foram produzidas 129 unidades, ante as 80 de 2014. Por outro lado, a produção de vagões caiu 0,4%, passando de 4.703 unidades (em 2014) para 4.683, em 2015. As fabricantes de carros de passageiros tiveram o pior resultado nesse período, com queda de 13,9%. Foram 322 unidades em 2015 e 374 em 2014. O número de locomotivas em operação chegou a 3.374 em 2015, enquanto os vagões somaram 100.715 unidades.
Desde o início do processo de concessões, em 1996, a movimentação de cargas pelo modal ferroviário tem aumentado expressivamente. Conforme dados do Anuário CNT do Transporte, entre 2006 e 2015, o acréscimo foi de 39,2%. Enquanto em 2006 foram transportados 238,3 bilhões de TKU (toneladas por quilômetro útil) pelas ferrovias brasileiras; no ano passado, esse número chegou a 331,7 bilhões de TKU. Em TU (toneladas úteis), atingiu o volume de 491,0 milhões em 2015 contra 389,1 milhões em 2006.
As concessionárias que mais movimentaram carga em 2015 foram EFC (Estrada de Ferro Carajás), com 118,5 bilhões de TKU; EFVM (Estrada de Ferro Vitória Minas), com 77,1 bilhões de TKU; FTL (Ferrovia Transnordestina Logística S.A.), com 64,7 bilhões de TKU; Allmn (América Latina Logística Malha Norte S.A.), com 26,1 bilhões de TKU; e FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), com 20,9 bilhões de TKU.

TUPs movimentam o dobro da carga dos portos públicos

Porto de Paranaguá teve movimentação de 41,1 milhões de toneladas

Porto de Paranaguá teve movimentação de 41,1 milhões de toneladas


NÁJIA FURLAN/APPA/DIVULGAÇÃO/JC
Os Terminais de uso privado (TUPs) movimentaram quase o dobro do total de cargas dos portos organizados em 2015. Conforme os dados do Anuário CNT do Transporte, foram 656,4 milhões de toneladas nos terminais privados, contra 351,1 milhões nos portos públicos. Além disso, os TUPs apresentaram o crescimento mais expressivo em relação a 2014 - 5,9%.
Os portos organizados mantiveram estabilidade nos resultados, com incremento de 0,7% no volume de cargas. Os portos que mais movimentaram em 2015 foram Santos (SP), com 101,6 milhões de toneladas de cargas; Itaguaí (RJ), com 57,3 milhões; Paranaguá (PR), com 41,1 milhões; Rio Grande (RS), com 22,9 milhões; e Itaqui (MA), com 21,8 milhões de toneladas.
O Anuário demonstra que o setor aquaviário vem crescendo ininterruptamente nos últimos seis anos, apesar da crise econômica atual. Para se ter uma ideia, em 2010, passaram pelas instalações brasileiras 840,3 milhões de toneladas de carga. Em 2015, o setor atingiu a marca de 1,0 bilhão de toneladas transportadas, o que representa uma expansão de quase 20,0% no período.
A navegação de longo curso teve melhor desempenho em 2015, com 752,5 milhões de toneladas transportadas, um crescimento de 5,4% em relação a 2014. A cabotagem se mostrou praticamente estável, registrando 211,8 milhões de toneladas de cargas transportadas. Os graneis sólidos representaram a maior parte do que foi movimentado pelas embarcações (62,8%), com um volume de 632,7 milhões de toneladas em 2015. O aumento, frente a 2014, foi de 7,2%. Em seguida vem granel líquido e gasoso (22,5%), com 226,2 milhões de toneladas, registrando queda de 2,4% em relação a 2014. Os contêineres correspondem a quase 10,0% do total das movimentações. Em 2015, foram 100,0 milhões de toneladas, com redução de 1,1% em comparação a 2014. Por fim, carga geral solta alcançou 48,7 milhões (4,8% do total), com aumento de 5,7% em 2015.

Número de passageiros de avião ultrapassa 100 milhões por ano

Nos últimos anos, o acesso ao modal aéreo no Brasil cresceu expressivamente. Em 2004, o número de passageiros transportados por ano era de 41,2 milhões e, em 2014, chegou a 117,2 milhões, aumento de 184,3%. O maior incremento, de 199,9%, foi nos voos domésticos, que passaram de 32,1 milhões de passageiros em 2004 para 95,9 milhões em 2014.
Nos voos internacionais, os números, nesse período, saltaram de 9,1 milhões para 21,3 milhões (132,8% de crescimento). Entretanto, com a crise na economia, tem ocorrido queda na movimentação do transporte aéreo no Brasil. Em 2014, o transporte doméstico realizou 942,0 mil voos, 0,5% abaixo de 2013 (946,7 mil voos). E, em 2013, a queda foi de 4,5% na comparação com 2012 (990,8 mil voos).
Os voos internacionais registraram ligeiro aumento nesses três anos. Em 2014, foram 148,9 mil voos, 3,0% de aumento em relação a 2013 (144,6 mil). E 2013, já havia registrado aumento de 3,4% em relação a 2012 (139,8 mil). No total, em 2014, as empresas brasileiras e estrangeiras realizaram 1,1 milhão de voos no Brasil.
O transporte aéreo internacional de cargas com origem ou destino no Brasil cresceu 72,1% em 11 anos. Em 2004, transportava-se 460,2 milhões de toneladas; em 2014, foram transportadas 792,3 milhões. A maior parte desse transporte (78,0%) foi realizada pelas empresas internacionais, com 618,1 milhões de toneladas. As aéreas nacionais foram responsáveis pelo transporte de 22,0% dessa carga (174, 2 milhões de toneladas). No mercado doméstico, também houve incremento da carga paga transportada. Enquanto, em 2004, as empresas nacionais movimentaram 273,2 milhões de toneladas; em 2014, foram 410,5 milhões de toneladas, acréscimo de 50,3%.