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JC Contabilidade

- Publicada em 29 de Junho de 2016 às 15:38

Auditoria interna pode ser aliada na transição do País

Investimento em ferramentas de governança é essencial, afirma Marini

Investimento em ferramentas de governança é essencial, afirma Marini


IIA BRASIL/DIVULGAÇÃO/JC
Roberta Mello
O Brasil passa por um momento de transição. Além das revelações de desvios de condutas e das discussões por um País mais ético, números, processos e relatórios estão sendo explicitados para que se tenha real dimensão dos desafios a serem enfrentados daqui para frente. Esses dados são avaliados diariamente por auditores que identificam fragilidades de controles internos, possíveis desvios, fraudes, ilicitudes e que colaboram efetivamente no combate à corrupção do País ao recomendarem ações que possam corrigir rumos e, até mesmo, recuperar a saúde financeira das organizações.
O Brasil passa por um momento de transição. Além das revelações de desvios de condutas e das discussões por um País mais ético, números, processos e relatórios estão sendo explicitados para que se tenha real dimensão dos desafios a serem enfrentados daqui para frente. Esses dados são avaliados diariamente por auditores que identificam fragilidades de controles internos, possíveis desvios, fraudes, ilicitudes e que colaboram efetivamente no combate à corrupção do País ao recomendarem ações que possam corrigir rumos e, até mesmo, recuperar a saúde financeira das organizações.
Segundo André Marini, presidente do Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil), o papel moderno desses profissionais é o de fazer uma avaliação completa para mostrar ao comando das empresas qual a situação real e quais decisões podem ser tomadas. "Tem sido enorme a valorização do auditor interno no mundo, pois além de trazer as discussões contábeis, financeiras e de gestão com total transparência, ele tem condições técnicas de indicar ferramentas e soluções que fortalecerão as estruturas de governança das instituições", explica Marini.
JC Contabilidade - Você recomenda que as empresas invistam nesse momento em suas governanças corporativas?
André Marini - Sem dúvida. Não há outro caminho para tornar-se competitivo se não o do fortalecimento da governança corporativa. Ser transparente, agir de acordo com a lei, com a regulamentação existente, ser ético e eficiente - no que diz respeito à aplicação de processos funcionais - são fatores que trazem ganhos significativos a qualquer organização, seja ela privada ou pública, independente de seu tamanho. O País clama por diminuição da corrupção, de fraudes e por um ambiente corporativo mais justo. O investimento em ferramentas que reforcem a governança é essencial.
Contabilidade - Esse investimento está entre as prioridades das companhias ou acaba ficando em segundo plano?
Marini - A cada ano, a auditoria interna tem sido ampliada no budget anual das companhias. Alguns exemplos podem ilustrar este movimento de ampliação. Neste ano de crise e recessão, a previsão é que teremos em São Paulo, o maior congresso de auditores internos já realizado no país em quase 40 edições. Além disso, na mais recente pesquisa divulgada pelo Instituto Global de Auditoria Interna (The IIA) destacou-se que 86% dos auditores internos ouvidos em todos os continentes afirmam que pretendem continuar na área por no mínimo cinco anos. No Brasil, o patamar é de 80%, em linha com os resultados globais. Os dados refletem perspectivas positivas e otimistas quanto à carreira. Este movimento tem tido continuidade de crescimento já há alguns anos.
Contabilidade - Como o auditor interno pode colaborar para a recuperação da saúde financeira das organizações?
Marini - Além de contribuir com o combate a fraudes e a possíveis esquemas ilícitos que estejam ocorrendo internamente na corporação em que atua, o papel moderno e atual do auditor é o de propor melhorias significativas nos processos rotineiros da empresa. Ele passou a absorver essa missão por ter uma visão ampla de todos os setores da empresa, não só da área contábil, mas passando por logística, produção, estoque, ferramentas tecnológicas, e diversas outras. Sua visão holística permite enxergar lacunas, problemas e demandas, que podem ser corrigidas e transformadas em ganhos de competitividade, e contribui no caminho do crescimento sustentável.
Contabilidade - Os jovens estão cientes do potencial da categoria?
Marini - Sim, os jovens levam suas percepções e vontade de construir uma carreira sólida em uma profissão que está em constante evolução. O fato de ser uma profissão em que é possível atuar em todos os setores da empresa gera dinamismo e a torna atrativa no sentido de termos constantes desafios. No desenvolvimento dos trabalhos de auditoria interna não existem rotinas monótonas para a análise de documentos e elaboração dos relatórios. Do ponto de vista de qualificação, o IIA Brasil vivenciou uma alta de 51% em cursos realizados, na comparação com o mesmo período do ano passado, impulsionada pela demanda in company. Quase 1,5 mil profissionais participaram de treinamentos e muitos deles ingressaram em programas preparatórios para a obtenção das certificações internacionais validadas pelo instituto, como o CIA (Certified Internal Auditor) principal selo mundial da profissão, e o CGAP (Certified Government Auditing Professional) voltado a auditores da área governamental.
Contabilidade - Qual a relevância de fortalecer órgão de controle como a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU)?
Marini - Elas são instituições consolidadas que merecem o apoio e o respeito da sociedade pelo trabalho que revela aos brasileiros a importância das atividades de auditoria em um país. É fundamental não somente ter a equipe desses dois órgãos ampliada, mas que os profissionais possam contar com apoios de reciclagem profissional e de ferramentas didáticas de qualidade que os auxiliem a enfrentar os imensos desafios que eles têm no âmbito governamental. Os treinamentos oferecidos pelo IIA Brasil dão esse respaldo técnico, pois estão alinhados com o que há de mais moderno na atuação do auditor da área governamental. Com mais auditores nesses órgãos e ainda mais capacitados, certamente combateremos a corrupção de frente e teremos um País mais ético e desenvolvido.
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