Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Empresas & Negócios

- Publicada em 22 de Junho de 2016 às 21:23

Terreno barato atrai construtoras

Estratégia é adquirir espaços e se preparar para o retorno da demanda

Estratégia é adquirir espaços e se preparar para o retorno da demanda


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Construtoras focadas na classe C estão acelerando a compra de terrenos nesta crise para aproveitar tanto o preço mais baixo quanto a possibilidade de obter condições melhores de pagamento. Companhias como MRV, Tenda e Cury/Plano&Plano afirmam que o preço do metro quadrado, cerca de 10% mais barato que há dois anos, torna esse momento ideal para repor estoques e se preparar para quando a procura por lançamentos voltar.
Construtoras focadas na classe C estão acelerando a compra de terrenos nesta crise para aproveitar tanto o preço mais baixo quanto a possibilidade de obter condições melhores de pagamento. Companhias como MRV, Tenda e Cury/Plano&Plano afirmam que o preço do metro quadrado, cerca de 10% mais barato que há dois anos, torna esse momento ideal para repor estoques e se preparar para quando a procura por lançamentos voltar.
A MRV Engenharia, líder do segmento, vai aplicar R$ 250 milhões do seu caixa neste ano para equilibrar o seu estoque. A companhia tem um banco de terrenos com potencial de construção de 237.946 unidades, no valor de R$ 36,3 bilhões.
"Nosso foco são cidades com população acima de 500 mil habitantes. Temos que equilibrar o nosso estoque para quando o mercado voltar aos níveis de lançamentos de antes da crise", diz o presidente da MRV Engenharia, Rafael Menin.
A Tenda Engenharia está aplicando mais em cidades onde precisa aumentar o número de lançamentos. "Está de fato bom para comprar terreno. E estamos investindo no aumento de nosso estoque desde 2013", diz o CFO Felipe David Cohen.
A Tenda, que atua nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador, fechou o primeiro trimestre deste ano com um estoque de R$ 4,7 bilhões em banco de terrenos, um potencial de 33 mil unidades. Cohen não revela o volume de investimentos da companhia, mas ressaltou que há maior poder de barganha na hora do pagamento. "Conseguimos prazos mais longos do que dois anos atrás. Essa é a principal mudança na compra de terreno", disse, sem revelar em quanto tempo se paga um imóvel. Ele acrescentou que em 80% das transações a companhia usa recursos do caixa nas compras.
Já na Cury/Plano&Plano, unidade do segmento econômico da Cyrella, a modalidade mais usada é a permuta: quando o prédio fica pronto, a construtora entrega apartamentos ao dono da área. "Neste segmento, não podemos pagar muito pelo terreno, pois, não teremos margem na hora de vender o imóvel. O preço tem de ser justo", diz o CFO da Cyrella, Eric Alencar. Neste ano, a Cyrella já comprou quatro terrenos, todos em permuta. "Dependendo do local, estão mais baratos. A hora de investir é esta", destaca.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO