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Empresas & Negócios

- Publicada em 14 de Junho de 2016 às 18:37

Desafios são transformados em soluções para a sociedade

Associação na Ilha da Pintada recebe cerca de 120 jovens da região

Associação na Ilha da Pintada recebe cerca de 120 jovens da região


FREDY VIEIRA/JC
Maria Eugenia Bofill
Em breve, o número 660 da avenida Presidente Vargas, na Ilha da Pintada, terá uma cara nova. A sede da Associação dos Amigos, Artesão e Pescadores da Ilha da Pintada (Aaapip), que recebe cerca de 120 crianças das Ilhas da Pintada e das Flores, em horário inverso ao da escola, está em fase de reconstrução desde maio.
Em breve, o número 660 da avenida Presidente Vargas, na Ilha da Pintada, terá uma cara nova. A sede da Associação dos Amigos, Artesão e Pescadores da Ilha da Pintada (Aaapip), que recebe cerca de 120 crianças das Ilhas da Pintada e das Flores, em horário inverso ao da escola, está em fase de reconstrução desde maio.
A reconstrução da Aaapip faz parte do projeto Mãos à Obra, da Return Project, um negócio de impacto positivo que gera retorno para a sociedade através do empreendedorismo. "Começamos com o propósito de inspirar pessoas a darem um retorno para os locais que elas passam, depois queríamos incentivá-las a agir em prol de um mundo melhor. Hoje, qualquer coisa que saia daqui tem como objetivo gerar um retorno direto para a sociedade", explica um dos sócios do negócio, Cássio Tramontini.
Através desse propósito, no final de 2014, foi realizado o primeiro projeto, o SUP Ecológico. Durante cerca de três meses, as crianças da Ilha da Pintada recolheram 286 garrafas pet que estavam poluindo o lago Guaíba. Após a retirada, receberam oficinas de reciclagem através do Projeto Prancha Ecológica e transformaram as garrafas em pranchas de stand up paddle.
Em meados de julho, a ilha passou por uma grande enchente, causando diversos transtornos, o que comprometeu ainda mais a estrutura da Aaapip. O fato foi o canalizador para a Return engajar-se na reconstrução da Instituição. "Porém a reconstrução vai muito além da obra. Pelo fato de trabalharmos com empreendedorismo social, tínhamos uma série de desafios para ultrapassar", enfatiza o empreendedor.
Para tirar a reforma do papel, foram realizados dois eventos e um financiamento coletivo, que arrecadou R$ 84 mil em 45 dias, além do patrocínio de empresas parceiras. O projeto consiste em reformar a estrutura já existente e construir uma cozinha, um refeitório, um depósito de alimentos e banheiros. A previsão de conclusão é no final de julho.
Desde que se iniciaram as obras na sede, os alunos foram realocados para o salão paroquial da igreja da Ilha da Pintada. De segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 12h às 17h, crianças e jovens entre 6 e 15 anos recebem café da manhã e almoço, têm oficinas de informática, conto, teatro, desenho, e também realizam as tarefas da escola, com a supervisão de quatro professoras. "A reforma trará muito mais qualidade ao trabalho, e a tendência é melhorar cada vez mais", ressalta o presidente voluntário da Associação, Carlos Estevão Nunes.
Além dos projetos na Ilha da Pintada, em janeiro deste ano, a Return Project realizou, com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, uma campanha de impacto contra o zika vírus. A Patrulhinha contra o Aedes levou 12 crianças vestidas de super-heróis ao aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, para entregarem às pessoas repelentes e informativos sobre o vírus. "Antes da ação, vendemos para as crianças o zika vírus como um monstro e elas como super-heróis. Assim trabalhamos uma educação inversa, onde as crianças impactavam os adultos", conta Tramontini. Os super-heróis entregavam informativos que viravam identificadores de bagagem e marcadores de livros, para que as pessoas levassem as informações para casa e fossem impactadas.
No início deste mês, a Return lançou seu braço de eventos, o Return Festival, que tem como propósito unir diversão à solução de algum desafio social. Com o slogan "Se divertir é a solução", a ideia é que o número de pessoas presentes se divertindo é equivalente ao número de produtos entregues a quem precisa. Na primeira edição, 579 pessoas compareceram ao evento, e 579 cobertores foram entregues a diversas redes de instituições.
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