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Política

- Publicada em 30 de Maio de 2016 às 21:36

Giovani Cherini é expulso do PDT pela cúpula nacional

Manifestações de Cherini foram vistas como afronta à direção pedetista

Manifestações de Cherini foram vistas como afronta à direção pedetista


NILSON BASTIAN/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Lívia Araújo
A maioria dos integrantes do diretório nacional do PDT defendeu a expulsão do deputado federal gaúcho Giovani Cherini dos quadros do partido, em reunião ontem na sede pedetista, no Rio de Janeiro. A punição ocorreu, porque o parlamentar votou favoravelmente ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na sessão da Câmara dos Deputados de 17 de abril. Em julgamentos individuais, os demais deputados que votaram pelo "sim", Flávia Morais (PDT-GO), Hissa Abrahão (PDT-AM), Sérgio Vidigal (PDT-ES), Mário Heringer (PDT-MG) e Subtenente Gonzaga (PDT-MG), receberam punições que vão da suspensão à perda de cargos nas executivas estaduais, mas não foram expulsos.
A maioria dos integrantes do diretório nacional do PDT defendeu a expulsão do deputado federal gaúcho Giovani Cherini dos quadros do partido, em reunião ontem na sede pedetista, no Rio de Janeiro. A punição ocorreu, porque o parlamentar votou favoravelmente ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na sessão da Câmara dos Deputados de 17 de abril. Em julgamentos individuais, os demais deputados que votaram pelo "sim", Flávia Morais (PDT-GO), Hissa Abrahão (PDT-AM), Sérgio Vidigal (PDT-ES), Mário Heringer (PDT-MG) e Subtenente Gonzaga (PDT-MG), receberam punições que vão da suspensão à perda de cargos nas executivas estaduais, mas não foram expulsos.
Segundo Cherini, a decisão foi um ato de discriminação da sigla, já que não houve a expulsão dos outros deputados. "É um dia de muita tristeza, por ter perdido um partido no qual estou há 28 anos por um fato que não é do PDT", afirma. O deputado defende, no entanto, que não houve arrependimento pelo voto favorável ao afastamento da presidente. "Tenho posição consciente. Não vou pedir a bênção. Votaria mil vezes igual, mas a cúpula partidária tenta transformar o PDT em puxadinho do PT", critica.
Cherini divulgou uma nota, na noite de ontem, em que afirma que "meu 'crime' foi o de insistir em representar meus eleitores, que ante o mar de lama que se instaurou no País ansiavam por mudança e pela responsabilização daquela que fora eleita para defender a população, mas que acabou por perpetrar inúmeros crimes de lesa-pátria". O deputado ainda não decidiu se contestará na Justiça a expulsão.
Colega de Cherini na Câmara dos Deputados, o presidente estadual da legenda, Pompeo de Mattos, apesar do voto contrário à expulsão do deputado, avalia que o comportamento de Cherini, com relação à sua posição sobre o impeachment, influenciou na decisão partidária. "Ele foi o único a fazer discursos favoráveis. Ele ficava atrás de outros deputados na tribuna, com placas. Isso afrontou bastante a direção", disse. Segundo Pompeo, apesar de todos os gaúchos terem votado pela permanência de Cherini, os votos foram vencidos pela maioria nacional. Pompeo diz que, "por princípio", foi contra a expulsão de cada um dos parlamentares julgados, mas que o PDT, historicamente, "sempre puniu os infiéis". "Quem tomou decisão contrária pagou para ver." No entanto, frisou que, apesar de concordar com a aplicação de punições, "pena capital é ruim".
O atual secretário estadual da Educação, Vieira da Cunha (PDT), também reverberou a decisão partidária em sua conta no Twitter: "Lideranças expressivas no RS não foram ouvidas pela maioria do diretório nacional do PDT, que, pelo mesmo fato, expulsou um e suspendeu outros. Não se faz justiça quando tratam iguais desigualmente. Lamento", manifestou.
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